Não há uma solução mágica para lidar com as agressões cotidianas. Uma das alternativas é não tentar guardar o problema para si, mas nem todos conseguem falar sobre o assunto. "Cada um repara a situação da melhor forma que puder. Partilhando uma experiência ruim, a pessoa mostra que está buscando uma solução. Isso é positivo, pois é uma forma de contornar o problema", diz o psicólogo Hélio Deliberador, da PUC-SP. O mesmo acontece ao fazer um boletim de ocorrência. "É uma forma de dar encaminhamento ao problema. Se a pessoa não contar o que sente para ninguém, isso pode se manifestar depois. A violência não pode ser banalizada", adverte. Geralmente, quem sofre algum tipo de violência costuma contar a situação a amigos ou parentes mais próximos; em outros casos, para quem estiver do lado, mesmo sendo um desconhecido. A iniciativa pode parecer incompreensível, mas é uma forma de desabafo positiva. Uma dica interessante para parentes de vítimas de situações de violência é o Cravi (Centro de Referência e Apoio à Vítima), órgão público que conta com apoio da sociedade civil e oferece suporte psicológico, jurídico e social gratuito. O telefone do Cravi é 0/xx/11/3666-7334.



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