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ciência
Vida sustentável
TATIANA DINIZ
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
O
planeta está esquentando, e o risco de catástrofes naturais,
aumentando. E o que
você tem a ver com isso? Tudo.
A queima de combustíveis fósseis e a produção desenfreada
de lixo -duas das principais
causas do aquecimento global- estão diretamente relacionadas ao estilo de vida urbano, consumidor e predador da
natureza que os humanos vêm
adotando de modo cada vez
mais acelerado.
Dá para mudar? Dá. Até mesmo na vida cotidiana, vivendo
em cidade grande, morando em
apartamento, trabalhando em
prédio fechado com ar-condicionado e tendo carro.
A Folha ouviu especialistas e
reuniu dicas simples para cuidar melhor da Terra e reduzir o
impacto da nossa passagem
por aqui. Para construir um
planeta menos arriscado onde
viverão seus netos e os netos
dos seus netos. Para ser sustentável no dia-a-dia.
É claro que não é tudo. Há
ameaças maiores. Somos moradores do país que concentra
um terço das florestas mundiais e que ainda as desmata.
Temos a maior biodiversidade
do planeta e poucos governantes atentos a isso.
"Embora possamos dar várias contribuições individuais,
lamento dizer que, a menos
que os brasileiros assumam a
liderança de cobrar o fim dos
desmatamentos e das queimadas de suas florestas, os esforços cotidianos significam pouco", comenta o ecólogo norte-americano Douglas Trent.
As ações individuais, embora
louváveis, não são suficientes,
concorda Miriam Duailibi,
coordenadora-geral do Instituto Ecoar. Para ela, é preciso
pressionar empresas e governos para que se comprometam
a adotar soluções sustentáveis.
"As pessoas têm que agir como
indivíduos mas também como
comunidade, eleitores, investidores e consumidores."
Ainda que sigamos todas as
sugestões, será pouco. Estará
apenas plantada a semente de
uma nova relação com o planeta. Levará tempo para que brote, vingue e floresça. Mas, no
futuro, os herdeiros da nossa
espécie agradecerão pelos frutos desse gesto.
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