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São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2003
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Espírito empreendedor na maturidade

Há gente investindo na construção de empreendimentos desse gênero para satisfazer suas próprias necessidades. É o caso do militar aposentado soteropolitano Pedro Paim, 66, que há quatro anos resolveu alertar as construtoras da Bahia sobre a falta de residências dirigidas a quem entra na terceira idade. "Mandei oito cartas às empresas", diz. E uma das construtoras, a ARC Engenharia, resolveu "comprar" a idéia, lançando, neste ano, o Residencial Botticelli, na Pituba, em Salvador (BA).
Paim, orgulhoso, nem esperou o empreendimento ficar pronto. Também não foi à construção para conhecer o lar que encomendou. "Comprei por telefone mesmo. Mas já sabia que o prédio teria todas as regalias que me interessavam." O aposentado muda-se para o novo apartamento até o fim do mês.
No Rio de Janeiro, o empresário Pasquale Mauro, 76, foi mais longe: resolveu construir, por conta própria, um complexo para abrigar aproximadamente mil moradores da terceira idade. "Estive pensando em como eu queria que fosse minha casa quando eu parasse de trabalhar. Foi assim que a idéia surgiu."

"A construção tem de estar concluída em, no máximo, três anos. Afinal, quero usar bastante a "cidade" que criei"


Pasquale Mauro, 76, empresário carioca

Na cabeça de Mauro, as casas deveriam dar aos moradores sensação de tranquilidade permanente. "Além disso, pensei muito na questão de todo mundo se conhecer, de conversar sentado na calçada, coisas que se faziam antigamente."
Mauro, então, resolveu partir para o projeto, que será construído em um terreno próprio, de 60 mil metros quadrados, no bairro do Recreio. "Será uma minicidade, com cinco edifícios de 180 apartamentos cada um", afirma. O projeto ainda prevê um clube com teatro, restaurante, sala de ginástica e salão de eventos, uma casa de shows, um pequeno shopping center e um grande centro médico. "Os investimentos serão de aproximadamente R$ 100 milhões, sem falar, claro, do terreno."
Para o início das obras, segundo Mauro, falta apenas a liberação da prefeitura. E ele tem pressa. "A construção tem de estar concluída em, no máximo, três anos. Afinal, quero usar bastante a "cidade" que criei."


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