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poucas e boas
Aumentam casos de cirurgia em articulações
VINICIUS CARRASCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A prática exagerada de esportes e exercícios tem
causado um crescimento no número de cirurgias para tratar lesões em joelhos, ombros e quadris. Esse foi um dos assuntos abordados durante o
10º Cotesp (Congresso de Ortopedia e Traumatologia
do Estado de São Paulo), realizado na semana passada,
em Santos (SP).
"Percebemos isso na prática diária, no consultório",
afirma George Bitar, presidente do evento. Nos hospitais universitários da capital, por exemplo, o número de
artroscopias nos ombros aumentou dez vezes nos últimos dez anos. "De 30 cirurgias por ano, passamos a realizar 300", diz o ortopedista.
A artroscopia é um procedimento pouco invasivo, feito com a ajuda de uma microcâmera, que permite visualizar, diagnosticar e tratar lesões nas articulações. De
acordo com Gilberto Camanho, diretor do Centro de
Medicina Esportiva do Hospital do Coração (SP), houve um aumento de 30% nas artroscopias de joelho nos
últimos três anos.
"O aumento da atividade física diária pode ser acompanhado pela estrutura muscular do corpo, mas não
por estruturas rígidas como as do menisco, e isso causa
as lesões", afirma o ortopedista Romeu Krause, presidente do 35º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, que será realizado em outubro deste ano.
As lesões nas articulações têm aumentado entre as
mulheres e as crianças. "As mulheres são mais suscetíveis a esses problemas por causa da anatomia e da distribuição hormonal", diz Krause. Já nas crianças, o aumento está associado à prática precoce de esportes sem
condicionamento adequado, explica Bitar.
Bitar afirma que o tratamento varia de acordo com a
gravidade da lesão e inclui remédios, fisioterapia e, nos
casos mais graves, procedimentos cirúrgicos que estão
cada vez menos invasivos. Mas, mesmo com os avanços
médicos, o importante é prevenir as lesões, respeitando
os limites do corpo e controlando a intensidade do
exercício. "Preconiza-se que a pessoa não exagere e pare a atividade ao menor sinal de dor", afirma Bitar.
Estima-se que 40% da população brasileira está acima do peso ou é obesa
Repelente contra a dengue
Nesta semana, deve chegar ao mercado um repelente desenvolvido exclusivamente para afastar o mosquito da dengue. O produto, batizado de Loção Antimosquito Doctor Schaefer, foi desenvolvido por cientistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, e apresenta baixo grau de toxicidade, por isso pode ser usado por crianças com idade superior a um ano. A mesma equipe desenvolveu ainda o BTL, um composto biológico atóxico que deve ser usado em locais que favorecem o desenvolvimento das larvas do mosquito, como caixas d'água descobertas. Ao ser aplicado, o produto mata as larvas
sem deixar resíduos tóxicos. O repelente poderá ser encontrado em farmácias de
todo o país. Já o BTL será fornecido só para prefeituras, secretarias de saúde, condomínios e empresas, que podem obter mais informações pelo tel. 0800-7703939.
Consulta ao pediatra
A procura por ajuda pediátrica
pode ser influenciada pelo estado psicológico da mãe, sugerem pesquisadores da Universidade de Washington (EUA). Segundo o estudo, que analisou os dados de 326 crianças, mães ansiosas ou deprimidas são mais propensas a procurar ajuda médica quando seus filhos sentem cólicas ou dores de estômago.
Sedentarismo empresarial
Pesquisa feita pela consultoria Boucinhas & Campos com 223 empresários de todo o país registra que 34% nunca praticam exercícios físicos, 31% admitem não adotar uma dieta balanceada e 38% trabalham mais de dez horas por dia. O ritmo de trabalho também afeta as refeições: 43% demoram, no máximo, 30 minutos para almoçar.
Futuros obesos
O excesso de peso na infância aumenta significativamente o
risco de obesidade severa na vida adulta, alertam pesquisadores das universidades do Arizona e Purdue (EUA). Eles acompanharam 6.767 pessoas durante 20 anos e constataram que um terço dos obesos já tinham excesso de peso quando crianças.
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