São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2001
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Por trás da obesidade

Pergunte-se se a gordura está mesmo atrapalhando a sua vida. Não é difícil encontrar pessoas que usam a obesidade como desculpa para justificar um modo de vida. Nesse caso, a gordura funciona como uma camada protetora, que serve de justificativa para deixar de lado a vida sexual, a feminilidade ou a falta de iniciativa, por exemplo. Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, do Projeto de Atendimento ao Obeso (Prato), do HC, as pessoas acham que os quilos a menos trarão a perfeição em todos os sentidos da vida. "Quando elas percebem que isso não acontece como num passe de mágica, a auto-estima volta a diminuir, e a comida volta a substituir as frustrações." Como driblar: confira se os seus problemas têm como causa o excesso de peso para que isso não interfira no sucesso da dieta.

Saciedade

Uma falha no envio para o cérebro das informações relativas à saciedade explica alguns casos de obesidade. A pessoa demora para ficar satisfeita porque os estímulos caminhariam de forma mais lenta. Além desse funcionamento diferenciado, trabalha-se com a hipótese de que algumas pessoas tenham resistência a determinadas substâncias sacietórias liberadas no processo digestivo. Como driblar: com medicação.

Serotonina

Como a maioria das dietas restringe a ingestão de carboidratos, os quais estimulam a produção do neurotransmissor serotonina, é normal que o organismo passe por algumas baixas desse neurotransmissor, que regula, entre outras funções, a sensação de fome. Nesse caso, o organismo age "inconscientemente" contra a dieta. A falta desse neurotransmissor explica os casos de compulsão alimentar. Como driblar: exercício físico, sexo, medicação que interage com a serotonina e ingestão equilibrada de carboidratos ditos complexos, que são absorvidos mais lentamente, como massas e tubérculos.


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