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Mudanças causadas por diferentes condições ambientais
Altas atitudes: sair de São Paulo (a
cerca de 700 m do nível do mar) e ir
para La Paz, na Bolívia (a mais de
3.000 m), por exemplo, é ter de lidar com falta de ar, tontura, irritação, enjôo, perda de apetite, insônia e leves dores de cabeça. Tudo
isso é normal e leva o nome de mal
agudo de montanha, uma resposta
do organismo ao baixo nível de
oxigênio disponível. Os sintomas
tendem a durar dois dias, se a pessoa não subir mais. Durante praticamente toda a primeira semana
após a chegada, o esforço do turista
para respirar vai ser maior, o coração vai bater mais rápido, a distribuição de líquidos pelo corpo vai
estar alterada. Tudo isso, a fim de
amenizar o desgaste físico, exige
moderação na atividade física. Dicas: no período do mal agudo de
montanha, apesar de muitas vezes
a pessoa sentir vontade de ficar parada, ela deve se movimentar com
moderação. Se os sintomas persistirem por mais dias, deve retornar.
Temperaturas baixas: temperaturas abaixo de zero podem causar
rachadura na pele, pois a epiderme
perde umidade para, dependo do
lugar, compensar o ressecamento
do ar, intensificado pela presença
de ventos. Em lugares úmidos, como Londres, a preocupação deve
ser com resfriados. Na neve, dois
minutos de exposição podem significar uma queimadura de nível
médio de gravidade. Para evitar a
perda de calor (hipotermia), os vasos sanguíneos se contraem (daí a
pele ficar pálida), e o sangue se
concentra internamente no corpo.
Mas só essa ajuda do organismo
não é suficiente: se a pessoa não se
proteger devidamente, pode perder calor demais, chegando a desmaiar. Dicas: leve bastante roupa
de frio, proteja, principalmente, as
extremidades do corpo, use protetor solar e creme hidratante e não
espere sentir sede para ingerir líquidos.
Temperaturas altas: muito calor
e pouca ventilação podem causar a
intermação (elevação da temperatura do corpo), deixando o viajante
baqueado e sem ânimo. No caso de
muita exposição ao sol, há risco de
insolação, o que provoca cansaço
intenso, moleza e, às vezes, confusão mental. Atenção para a chamada hipertermia (aumento excessivo de calor), que pode ocorrer
quando a pessoa faz exercício sob
sol forte, fica com o corpo quente
(intermação), não transpira, fica
irritada e cansada e, daí, pode desmaiar e, em casos extremos, até entrar em coma. Já quem transpira
demais, fica demais sob o sol e não
se preocupa em ingerir líquidos
pode desidratar. Dicas: para evitar
intermação, insolação e hipertermia, beba muito líquido (em média, um copo por hora), evite permanecer sob sol muito forte e refresque-se na água de hora em hora. Para evitar desidratação, beba
muita água e, em casos mais agudos, tome soro. E nunca dispense
chapéu e protetor solar.
Baixa umidade: viajantes que
pisarem nas areias do Saara, por
exemplo, podem sofrer bastante
com rachaduras na pele e nos lábios. O corpo também pode perder
uma quantidade expressiva de líquido para compensar a secura do
ar -e porque o suor atua como
protetor da pele nesses casos. Se na
região ventar bastante, esse suor
vai ser removido da pele, deixando-a mais exposta. As cavidades
dos órgãos respiratórios tendem
também a apresentar um alto nível
de ressecamento, gerando, eventualmente, tosses. Justamente por
causa desse ressecamento todo,
quem tem asma tende a sofrer
mais em ambientes desse tipo. Dicas: use cremes hidratantes, beba
bastante líquido, use roupas leves,
para permitir que o suor mantenha-se mais tempo sobre o corpo e
não seja "levado" pelo vento.
Alta umidade: não causa muitas
mudanças corporais. A principal
delas é o risco de hipotermia (perda excessiva de calor). A probabilidade de a pessoa pegar um resfriado também aumenta. Vale lembrar que, em lugares com alta umidade relativa do ar (como o estado
do Amapá, por exemplo), chove
praticamente todos os dias. Dicas:
proteja-se com roupas para evitar a
perda excessiva de calor e evite tomar chuva.
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