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Químicas suspeitas
Além dos ingredientes caríssimos mas sem eficácia
comprovada, há outros ingredientes utilizados nos
cosméticos industriais que
merecem ser olhados com
cautela pelo consumidor.
São substâncias químicas
presentes nos próprios cremes ou nas embalagens
com potencial efeito tóxico
no corpo humano. Não são
proibidas, mas devem seguir uma legislação que regula sua utilização. Porém,
em alguns países da Europa, principalmente na
França, há um movimento
para banir essas substâncias dos produtos de uso
pessoal.
É na França, origem de
grande parte das marcas de
cosméticos de luxo, que o
projeto de uma nova legislação está mais avançado. A
pressão vem dos próprios
consumidores, estimulados
por campanhas de organizações ambientalistas como o Greenpeace, que passaram a recusar produtos
que contenham em sua
composição ou no recipiente nomes estranhos como ftalatos, alquilfenóis ou
o mais familiar almíscar artificial.
O ftalato é utilizado nas
embalagens plásticas, mas
pode migrar para o creme e
desse, para o organismo. O
alquifenol pode estar na
embalagem e no próprio
cosmético (é um antiespumante). O almíscar artificial é um aromatizante.
Acredita-se que essas três
substâncias -present es
em inúmeros cremes para
rosto e corpo- causem alterações no sistema endócrino e possam ser cancerígenas. Marcelo Furtado, diretor de campanhas do
Greenpeace Brasil, conta
que o movimento contra o
uso desses produtos não se
restringe aos cosméticos,
mas esses foram a grande
"isca" para sensibilizar os
franceses. Com o consumidor lendo os rótulos e recusando certos produtos, alguns fabricantes já retiram
essas substâncias de seus
cosméticos.
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