São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2000
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

poucas e boas

Nova técnica pode dar filhos a homem estéril

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova técnica surge como esperança de tratamento para aqueles homens que, até alguns anos atrás, acreditavam produzir espermatozóides em quantidade insuficiente. A microdissecação cirúrgica do testículo permite que, com a ajuda de um microscópio, se procurem alguns focos ou "ilhas" no interior do testículo que apresentem maior potencial de presença de espermatozóides.
"De cada dez pacientes que entram no consultório, um ou dois apresentam disfunção testicular primária. Até três, quatro anos atrás, eles eram mandados de volta para casa", disse à Folha o médico Edson Borges, especialista em reprodução assistida.
Com a técnica tradicional -biopsia do testículo-, as probabilidades de se conseguir espermatozóides variam de 30% a 50%. Com a microdissecação, as chances são de 70% a 80%.
"Imagine um prato de sopa, com somente três grãos de lentilha. Ao dar uma colherada, as chances de encontrar os grãos são mínimas. Esse é o caso da biopsia de testículo", afirmou Borges. Com a microdissecação, a busca por espermatozóides ocorre em áreas próximas aos vasos sanguíneos, com maior potencial de presença de espermatozóides ou espermátides (célula jovem que dará origem ao espermatozóide).
"Quando encontramos espermátides, existe a possibilidade de fazer o amadurecimento (necessário para sua transformação em espermatozóide) in vitro", explica Borges.
O médico afirma que com a microdissecação pode-se recuperar de 50 a 100 espermatozóides. "Numa ejaculação, o número é de 50 milhões", compara.
A técnica da microdissecação já foi testada por Borges em oito pacientes, com resultados positivos em seis deles. O médico prepara-se agora para realizá-la novamente em um dos pacientes. "Uma segunda abordagem do testículo também é novidade."
O procedimento da microdissecação deverá ser apresentado por Borges no 19º Congresso Brasileiro de Reprodução Humana, que se realizará em novembro deste ano em Belém. (IG)

Ginástica e massagem de graça A melhoria da qualidade de vida nas grandes cidades é o tema do debate que acontece neste sábado, 23/9, às 17h, no Museu de Arte Moderna (MAM), no parque Ibirapuera (SP). O debate faz parte do Movimento GNT, evento que oferecerá, das 11h às 20h, atividades gratuitas como aulas de ginástica, sessões de massagem e oficinas de reciclagem de papel e grafite.

Coração saudável A Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Funcor (Fundação do Coração) promovem, de 24 a 27 de setembro, a 21ª Semana do Coração, uma campanha nacional para a prevenção de problemas cardíacos. Em São Paulo, um posto de atendimento gratuito funcionará no Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073) de 25/09 a 27/9, das 9h às 17h. Informações sobre postos de atendimento em outras cidades podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/11/3849-6438.

Para entender a dor A Publifolha está lançando o livro "A Dor" (R$ 9,90, 104 págs.), do médico João Augusto Figueiró, do Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas (SP). Além de explicar o que é a dor e como tratá-la, o autor aborda a dor crônica, problema que afeta cerca de 40% da população brasileira.

Dança e auto-estima Aulas de dança de salão e ioga e reuniões com médicos e psicólogos são algumas das atividades gratuitas promovidas pelo núcleo de ostomizados do hospital Heliópolis (SP). O objetivo é ajudar os pacientes ostomizados (que usam bolsas de coleta de fezes e urina junto ao abdómen) a recuperar a auto-estima. Contatos pelo telefone 0/xx/11/ 6914-8611.

Plante com o mouse Quem tem acesso à Internet pode colaborar com projetos de reflorestamento mantidos pelas ONGs Vidágua e SOS Mata Atlântica. Para doar uma muda, basta se cadastrar no Clickarvore (www.clickarvore.com.br). As mudas são pagas pelos patrocinadores do site.



Texto Anterior: Campanha recruta novos profissionais
Próximo Texto: Mulheres ignoram os riscos da osteoporose
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.