São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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Prefeitura sugere diálogo

O plantio de árvores e outras plantas pela própria comunidade é "legal", comenta Cyra Malta Olegário da Costa, diretora do Depave 2 (Departamento de Parques e Áreas Verdes) da Prefeitura de São Paulo. O termo vale aqui em seus dois sentidos: 1) os cidadãos não precisam de uma autorização formal da prefeitura para cultivar plantas; 2) Costa considera a jardinagem libertária uma idéia interessante.
Mas ela ressalta que o diálogo com o poder público é importante para que essas propostas não causem transtornos e sejam bem-sucedidas. "É uma ação libertária, de fato, mas deve ser responsável."
É preciso, por exemplo, saber se há dutos de gás ou de esgoto no local do plantio, já que as raízes das árvores podem danificar essas estruturas. Os canteiros das marginais, cita Costa, são exemplos de locais pelos quais esses dutos passam. Os arbustos ou árvores menores, por sua vez, podem prejudicar a visualização de sinais de trânsito -por esse motivo, o previsto é que o início da copa da árvore se dê a 1,8 m do chão.
Costa ressalta, ainda, o problema da manutenção. "Se a prefeitura contrata um serviço terceirizado para cortar grama e, ao chegarem lá, os funcionários encontram outras coisas, como é que fica?"
Em termos ambientais, a questão, segundo ela, é entender a vegetação urbana sob a perspectiva da biodiversidade, e não só da paisagem. "A gente ainda não aproveita o jardim como um potencial enriquecedor do ecossistema urbano."
Para Costa, os grupos deveriam procurar o caminho do diálogo com a prefeitura "para que haja uma sinergia, e não um gasto de energia."
Esse contato, afirma, pode ser feito por meio das subprefeituras de cada região. "O diálogo é difícil e cansa, mas é o caminho." (AL)


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