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Prefeitura sugere diálogo
O plantio de árvores e outras
plantas pela própria comunidade é "legal", comenta Cyra Malta Olegário da Costa, diretora
do Depave 2 (Departamento de
Parques e Áreas Verdes) da
Prefeitura de São Paulo. O termo vale aqui em seus dois sentidos: 1) os cidadãos não precisam de uma autorização formal
da prefeitura para cultivar
plantas; 2) Costa considera a
jardinagem libertária uma
idéia interessante.
Mas ela ressalta que o diálogo
com o poder público é importante para que essas propostas
não causem transtornos e sejam bem-sucedidas. "É uma
ação libertária, de fato, mas deve ser responsável."
É preciso, por exemplo, saber
se há dutos de gás ou de esgoto
no local do plantio, já que as raízes das árvores podem danificar essas estruturas. Os canteiros das marginais, cita Costa,
são exemplos de locais pelos
quais esses dutos passam. Os
arbustos ou árvores menores,
por sua vez, podem prejudicar a
visualização de sinais de trânsito -por esse motivo, o previsto
é que o início da copa da árvore
se dê a 1,8 m do chão.
Costa ressalta, ainda, o problema da manutenção. "Se a
prefeitura contrata um serviço
terceirizado para cortar grama
e, ao chegarem lá, os funcionários encontram outras coisas,
como é que fica?"
Em termos ambientais, a
questão, segundo ela, é entender a vegetação urbana sob a
perspectiva da biodiversidade,
e não só da paisagem. "A gente
ainda não aproveita o jardim
como um potencial enriquecedor do ecossistema urbano."
Para Costa, os grupos deveriam procurar o caminho do
diálogo com a prefeitura "para
que haja uma sinergia, e não
um gasto de energia."
Esse contato, afirma, pode
ser feito por meio das subprefeituras de cada região. "O diálogo é difícil e cansa, mas é o caminho."
(AL)
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