São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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Cada vez mais jovens

EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

O empresário José Henrique Martin, 43, estava acima do peso, era sedentário, hipertenso e vivia estressado por causa do trabalho. Mesmo assim, nunca imaginou que poderia sofrer um infarto -afinal, era jovem e não tinha antecedentes familiares. Sofreu não um, mas logo dois, em 2008.
Depois do segundo, "caiu a ficha" e ele passou a se cuidar. "Repensei meus hábitos. Reduzi a carga horária no trabalho, faço atividade física e dieta de 1.200 calorias. Agora me sinto um garotão", brinca ele, que já perdeu 20 kg.
Se antes era raro alguém como José Henrique ter um infarto, hoje os hospitais recebem cada vez mais pacientes com essa idade, ou até menos.
"O jovem sofre muita cobrança no trabalho, fuma, pratica menos esporte e se alimenta mal. Além disso, a obesidade atinge as pessoas cada vez mais precocemente", explica Marcelo Sampaio, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese.
O uso de drogas como cocaína, anorexígenos para emagrecer e hormônios para aumentar a massa muscular também são fatores de risco para o coração que têm crescido.
Diferentemente do que reza a crença popular, o infarto em jovens não é mais grave nem mais mortal. "Geralmente a lesão é localizada, atinge só um vaso. A recuperação é melhor, já que o jovem tem menos insuficiência cardíaca, diabetes e outros fatores de risco", afirma o cardiologista Ricardo Conti, do hospital Albert Einstein.
Por outro lado, seu coração fica enfraquecido e o risco de reinfarto ao longo do tempo é maior. (FM)


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