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Cada vez mais jovens
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
O empresário José Henrique
Martin, 43, estava acima do peso, era sedentário, hipertenso e
vivia estressado por causa do
trabalho. Mesmo assim, nunca
imaginou que poderia sofrer
um infarto -afinal, era jovem e
não tinha antecedentes familiares. Sofreu não um, mas logo
dois, em 2008.
Depois do segundo, "caiu a ficha" e ele passou a se cuidar.
"Repensei meus hábitos. Reduzi a carga horária no trabalho,
faço atividade física e dieta de
1.200 calorias. Agora me sinto
um garotão", brinca ele, que já
perdeu 20 kg.
Se antes era raro alguém como José Henrique ter um infarto, hoje os hospitais recebem cada vez mais pacientes
com essa idade, ou até menos.
"O jovem sofre muita cobrança no trabalho, fuma, pratica menos esporte e se alimenta mal. Além disso, a obesidade
atinge as pessoas cada vez mais
precocemente", explica Marcelo Sampaio, cardiologista do
Instituto Dante Pazzanese.
O uso de drogas como cocaína, anorexígenos para emagrecer e hormônios para aumentar
a massa muscular também são
fatores de risco para o coração
que têm crescido.
Diferentemente do que reza
a crença popular, o infarto em
jovens não é mais grave nem
mais mortal. "Geralmente a lesão é localizada, atinge só um
vaso. A recuperação é melhor,
já que o jovem tem menos insuficiência cardíaca, diabetes e
outros fatores de risco", afirma
o cardiologista Ricardo Conti,
do hospital Albert Einstein.
Por outro lado, seu coração
fica enfraquecido e o risco de
reinfarto ao longo do tempo é
maior.
(FM)
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