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poucas e boas
Técnica ajuda aspecto da pele com vitiligo
ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma nova técnica para o tratamento do vitiligo
-doença que causa descoloração da pele- foi
desenvolvida pelo dermatologista Carlos Santos Machado com o objetivo de melhorar o problema.
O método consiste em "raspar" parte da pele normal
do paciente e aplicá-la cirurgicamente, em uma única
sessão, nas regiões sem coloração, que também passam
por uma raspagem superficial.
Com o auxílio de uma cureta, Machado retira a pele
da região sacral -localizada no final da coluna- por
ser uma área rica em melanócitos (células que produzem melanina, substância responsável pela pigmentação da pele) e estar menos exposta. "Em teoria, a própria raspagem pode provocar as manchas do vitiligo
nos pacientes. Mas ela é tão superficial que não houve
nenhum caso desse tipo", afirma Machado. A mesma
região poderá sofrer outra raspagem após um intervalo
de dois meses.
O novo método não traz inconvenientes como saliências e diferenças de cor na área que recebeu o enxerto,
como acontece com a técnica em que pedaços de pele
saudável são cortados e posteriormente enxertados, como se fossem confetes, sobre a pele afetada pelo vitiligo.
"O contorno desses "confetes" fica mais escuro que o
resto da pele, deixando-a com um aspecto malhado",
diz o dermatologista.
Machado explica que a nova técnica é uma alternativa
à cultura de células da pele em laboratório, processo
que ainda é feito quase totalmente de forma experimental e com custos muito elevados.
O método desenvolvido pelo médico pode ser empregado em áreas afetadas com até 30 cm2 e deve ser utilizado em conjunto com os tratamentos já existentes, de
maneira a complementá-los e dar uma aparência melhor ao paciente.
O dermatologista apresentou a técnica e os resultados
de sua aplicação em 40 pacientes como seu trabalho de
tese de doutorado na Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo).
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