São Paulo, quinta-feira, 30 de abril de 2009
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INGREDIENTE

Physalis é rica em vitaminas A e C

ANA PAULA BONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Camapum, joá-de-capote e saco-de-bode são alguns dos nomes pelos quais também é conhecida a fruta physalis nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, de onde é originária uma de suas mais de 30 espécies, a angulata.
No entanto, a espécie encontrada nas regiões Sudeste e Sul -a peruviana- tem maior valor comercial (por ser maior e mais doce) e é proveniente da Colômbia. As primeiras sementes começaram a ser plantadas no Brasil há cerca de dez anos, conta Leo Rufato, professor de fruticultura da Universidade do Estado de Santa Catarina e um dos autores do livro "Aspectos Técnicos da Cultura da Physalis".
Em São Paulo, em bancas do Mercado Municipal, 100 gramas de physalis custam de R$ 8 a R$ 10 -o preço vale tanto para a fruta importada da Colômbia (conhecida naquele país como "uchuva") quanto para aquela produzida em cidades do interior paulista ou gaúcho, ainda em pequena escala.
No Brasil, as primeiras experiências com o plantio de physalis começaram em 1999 com a Estação Experimental Santa Luzia, no interior de São Paulo, que comercializa sementes e dá suporte técnico a produtores.
Trata-se da segunda fruta mais exportada pela Colômbia, maior produtora mundial -perde só para a banana.
Pequena, com até 2,5 cm de diâmetro, de cor alaranjada e envolvida naturalmente em um balão com a aparência de papel de arroz, a physalis tem vitaminas A e C em sua composição, além de flavonoides e minerais como ferro e fósforo, de acordo com Marina Poletti Romano, da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição).
Segundo a nutricionista, a literatura científica sobre a fruta é escassa, mas é possível listar seus benefícios a partir dos elementos que a compõem -os flavonoides, por exemplo, por terem ação antioxidante, atuam na prevenção de doenças cardiovasculares, além de ajudar a eliminar o LDL (colesterol "ruim").
Na região amazônica, a fruta é utilizada na medicina popular, sem nenhuma comprovação científica, para pessoas com doenças do fígado e reumatismo, entre outros problemas, afirma José Urano de Carvalho, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na área de fruticultura.
De sabor doce levemente ácido, a physalis é usada no preparo de geleias, compotas, sucos, licores e molhos.


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