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INGREDIENTE
Physalis é rica em vitaminas A e C
ANA PAULA BONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Camapum, joá-de-capote e
saco-de-bode são alguns dos
nomes pelos quais também é
conhecida a fruta physalis nas
regiões Norte e Nordeste do
Brasil, de onde é originária uma
de suas mais de 30 espécies, a
angulata.
No entanto, a espécie encontrada nas regiões Sudeste e Sul
-a peruviana- tem maior valor comercial (por ser maior e
mais doce) e é proveniente da
Colômbia. As primeiras sementes começaram a ser plantadas no Brasil há cerca de dez
anos, conta Leo Rufato, professor de fruticultura da Universidade do Estado de Santa Catarina e um dos autores do livro
"Aspectos Técnicos da Cultura
da Physalis".
Em São Paulo, em bancas do
Mercado Municipal, 100 gramas de physalis custam de R$ 8
a R$ 10 -o preço vale tanto para a fruta importada da Colômbia (conhecida naquele país como "uchuva") quanto para
aquela produzida em cidades
do interior paulista ou gaúcho,
ainda em pequena escala.
No Brasil, as primeiras experiências com o plantio de
physalis começaram em 1999
com a Estação Experimental
Santa Luzia, no interior de São
Paulo, que comercializa sementes e dá suporte técnico a
produtores.
Trata-se da segunda fruta
mais exportada pela Colômbia,
maior produtora mundial
-perde só para a banana.
Pequena, com até 2,5 cm de
diâmetro, de cor alaranjada e
envolvida naturalmente em um
balão com a aparência de papel
de arroz, a physalis tem vitaminas A e C em sua composição,
além de flavonoides e minerais
como ferro e fósforo, de acordo
com Marina Poletti Romano,
da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição).
Segundo a nutricionista, a literatura científica sobre a fruta
é escassa, mas é possível listar
seus benefícios a partir dos elementos que a compõem -os
flavonoides, por exemplo, por
terem ação antioxidante,
atuam na prevenção de doenças cardiovasculares, além de
ajudar a eliminar o LDL (colesterol "ruim").
Na região amazônica, a fruta
é utilizada na medicina popular, sem nenhuma comprovação científica, para pessoas
com doenças do fígado e reumatismo, entre outros problemas, afirma José Urano de Carvalho, pesquisador da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na área de
fruticultura.
De sabor doce levemente ácido, a physalis é usada no preparo de geleias, compotas, sucos,
licores e molhos.
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