São Paulo, quinta-feira, 31 de maio de 2001
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poucas e boas

Remédio recupera pele danificada pelo sol

DA REDAÇÃO

Um novo creme para diminuir os estragos na pele causados pelo sol, recém-aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, promete ajudar quem exagerou no bronzeado e, por isso, luta para suavizar rugas, eliminar manchas marrons ou reduzir a aspereza da pele.
O Retinova é o primeiro medicamento para combater o fotoenvelhecimento que usa o ácido retinóico como princípio ativo. Desde 72, essa substância era usada para tratar acne. Em 86, cientistas descobriram que também tinha potencial para reduzir os efeitos do sol, mas o primeiro remédio com esse fim (o Retinova) só começou a ser comercializado nos EUA em 95.
A exposição crônica ao sol, sobretudo entre 10h e 15h, provoca rugas superficiais e profundas, pele áspera, hiperpigmentação (manchas marrons), coloração amarela acinzentada, flacidez, sardas e telangiectasias (vasos visíveis na superfície da pele). O Retinova reverte boa parte dos danos seis meses após o início da aplicação. Mas o paciente tem de usá-lo a vida toda para manter os resultados. "Três ou quatro meses depois de interrompido o uso, as rugas reaparecem", afirma o professor de dermatologia da UFRS Humberto Antônio Ponzio.
A eficácia do remédio foi testada em estudo clínico nos EUA e, posteriormente, no Brasil. Na pesquisa americana, 300 pacientes de 30 a 50 anos usaram o Retinova por 24 semanas. Após esse período, 64% apresentaram redução nas rugas, 65%, na hiperpigmentação e 51% ficaram com peles menos ásperas. O estudo brasileiros, conduzido por sete universidades (entre as quais a UFRS), chegou a resultados semelhantes.
Como todos os remédios à base de ácido retinóico, o Retinova apresenta efeitos colaterais, embora mais brandos do que os das drogas para acne. Vermelhidão, secura, descamação da pele, ardência e formigamento são as reações mais comuns. "O efeito é parecido com o do peeling", explica a dermatologista Lúcia Arruda, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia-SP. Quem usa o remédio deve abdicar de exposição intensa ao sol e tem de passar bloqueador diariamente.



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