São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008
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Ossos do ofício

Hérnia de disco cervical, princípio de artrose e escoliose dorsolombar fazem parte do currículo de Patrícia Kalina, 40, dentista há 18 anos. No começo da profissão, ela conta, sentia muitas dores nas costas, por causa da posição durante o expediente. Mas, como o incômodo foi diminuindo com o passar do tempo, deixou de prestar atenção à postura. "A coluna foi se compensando, criando calos, e, há uns três meses, senti uma dor terrível: estava com hérnia de disco", diz.
De acordo com Ricardo Cury, da Santa Casa de São Paulo, nessa profissão a coluna cervical e os membros superiores são os que mais sofrem, já que o braço fica levantado o tempo todo, forçando pescoço e ombros. Para minimizar os problemas, Patrícia faz RPG (reeducação postural global) e aprendeu a trabalhar em posições "menos piores".
Segundo Romulo Brasil Filho, ortopedista do Hospital Santa Catarina, corrigir a altura do banquinho e da cadeira do paciente ajuda. Em vez de o dentista se curvar em direção ao paciente, deve arranjar os móveis de forma que o paciente fique mais perto. Ele recomenda sessões curtas de alongamento a cada duas horas.
"Motoristas e profissionais de telemarketing também devem ficar atentos", avisa o médico. Para ele, vícios de postura inadequada podem levar ao desgaste das vértebras e a contraturas musculares -além de artroses e hérnias de disco.
Quem trabalha sentado de maneira errada também pode sobrecarregar a coluna. Cadeiras adequadas, que ofereçam apoio sem forçar as costas para a frente nem para trás e pés bem apoiados diminuem os riscos de dor nas costas.


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