São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008
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"25 anos com uma hérnia e sua conseqüência - a dor"

JÚLIO VERÍSSIMO
COORDENADOR DA AGÊNCIA FOLHA

Analgésicos, antiinflamatórios, fisioterapia, repouso, alongamento, acupuntura, tentativa de corrigir a postura. Não necessariamente nessa ordem, esses foram os recursos que usei por cerca de 25 anos para tentar conviver com uma hérnia de disco lombar e sua mais triste conseqüência: a dor.
Aliás, deveria existir um artigo na Declaração Universal dos Direitos do Homem sobre o tema: "Todo homem tem o direito de não sentir dor". Em dezembro do ano passado, cheguei ao auge da minha crise lombar. A hérnia pressionava o nervo ciático da perna esquerda. Insuportável. Passei por uma cirurgia e, no dia seguinte, já estava em casa, em recuperação... e sem dor. Cada caso é um caso, porém.
Sei que, após a operação, entrei na fase de descobertas, que, espero, sirva de alerta para que o leitor não maltrate o corpo. Descobri que não deveria ter levado uma vida sedentária.
Quando garoto, ficava deitado no sofá fazendo o que mais gosto até hoje: ler. Descobri que nunca dei valor para a minha heróica coluna vertebral. Postura correta? Achava que isso era coisa de modelo ou manequim.
Até nos exames pré-operatórios fiz descobertas: que ganhei uma artrose degenerativa; que preciso cuidar da minha taxa de açúcar no sangue; e, mesmo após operado, que minha coluna nunca mais será a mesma. Grande descoberta!


JÚLIO VERÍSSIMO , 46, é coordenador da Agência Folha e, acredite, faz caminhadas, natação e alongamento para evitar novamente a mesa cirúrgica


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