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poucas e boas
Exercício demais pode indicar distúrbio
JULIANA DORETTO - FREE-LANCE PARA A FOLHA
A prática excessiva de atividade física pode ser
sintoma de transtorno alimentar. Pesquisa feita
pela psiquiatra Sheila Seleri Assunção, do Ambulatório de Bulimia e Anorexia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Ambulim, em 15 academias da cidade, mostrou que 26% dos alunos sofriam de algum tipo
de distúrbio alimentar, mas desconheciam esse diagnóstico.
O objetivo do estudo foi averiguar se praticantes de
atividade física sem diagnóstico de transtorno alimentar apresentavam algum comportamento parecido com
o de portadores do distúrbio, já que ambos têm grande
preocupação com a alimentação e a imagem corporal.
Para tanto, a médica entrevistou um grupo de 47 pessoas que sofriam do transtorno e outro composto de 80
frequentadores de academia, de ambos os sexos e sem
diagnóstico do distúrbio. Entre esses, 26% apresentavam bulimia, anorexia ou algum outro tipo de transtorno alimentar. Além disso, essas pessoas praticavam
exercício em excesso, ou seja, por mais de duas horas
diárias, ainda que estivessem doentes ou cansadas. Algumas disseram que até haviam identificado o problema, mas que não haviam procurado ajuda médica.
"Quem perceber que a necessidade em fazer exercício
está fugindo do seu controle deve procurar um médico
para averiguar se está sofrendo de um distúrbio alimentar ou de outra patologia. Quanto mais cedo se descobre
o transtorno, mais chances o paciente tem de se recuperar", alerta a médica.
A bulimia, que atinge cerca de 5% da população mundial, caracteriza-se por distorção da imagem corporal e
por um medo mórbido de engordar, que se reflete na
indução de vômitos após ingestão excessiva de alimentos, uso de diuréticos, laxantes e inibidores de apetite,
além de dietas.
Na anorexia, a distorção corporal é ainda mais acentuada, e o indivíduo submete-se a longos jejuns, ficando
com peso abaixo do normal. Esse distúrbio atinge 1%
da população e, em 90% dos casos, mulheres.
Cerca de 1% da população mundial sofre de artrite reumatóide; 75% são mulheres
Vaidade brasileira Brasileiros se preocupam mais com a aparência do que
americanos, franceses, canadenses e australianos, indica pesquisa realizada pelo
Instituto Gallup com mais de 5.000 homens e mulheres entre 18 e 64 anos. Enquanto 61% dos brasileiros consideram a atração física muito importante para prosperar, por exemplo, esse percentual é de cerca de 26% nos demais países. Dos 1.001
brasileiros entrevistados, 52% são muito confiantes em sua aparência.
Derrame em mulheres Estudo das universidades de Michigan e do Texas
(em Houston), nos EUA, com 1.124 pessoas, mostra que mulheres são 62% mais
propensas que homens a indicar sintomas diferentes dos tradicionais quando o assunto é derrame. Enquanto os homens apontam dificuldades para caminhar e paralisia em metade do corpo, elas indicam sintomas como dor no peito e falta de ar.
Esse dado pode ajudar a diagnosticar mais rapidamente a doença em mulheres.
Sexo no diagnóstico Apesar de extremamente importante para o diagnóstico e o tratamento de cânceres de próstata e de ovário, por exemplo, médicos evitam
falar sobre sexo com os pacientes por considerá-lo um assunto delicado, indica pesquisa da Universidade de Sussex, em Brighton (Reino Unido), feita a partir da análise
de vídeos gravados em mais de 3.000 consultas.
Osteoporose sem dúvidas Osteoporose causa dor
nos ossos? O consumo de ricota previne a doença? Para solucionar
essas e outras dúvidas, cinco especialistas brasileiros escreveram
"Osteoporose - Mais de 100 Respostas para suas Perguntas" (168
págs., R$ 20, ed. Record, tel. 0/xx/21/2585-2000).
Terapia em grupo Homens e mulheres acima de 24 anos interessados em fazer terapia em grupo podem participar de triagem no Instituto de Psiquiatria do
HC. A terapia, gratuita, acontecerá durante 2003. Informações: 0/xx/11/3062-1274.
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