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Capitão

Líder da equipe que em 1982 encantou o mundo, Sócrates merecia outro final em Copas do Mundo

luís curro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

À Copa da Espanha, em 1982, Sócrates chegou como titular inconteste. Ele, Zico, Falcão e Cerezo formavam

um meio de campo renomado, quase endeusado.

Havia enorme entusiasmo no Brasil com esse time. Só que tudo quase ruiu na estreia, contra a então URSS.

Era 14 de junho. A 15 minutos do fim, 0 a 1. Então Sócrates, o camisa 8, o capitão, driblou um, ao fingir chutar ludibriou outro, e disparou, perto da meia-lua. No ângulo de Dasaiev.

E o Brasil virou o jogo. E encantou o mundo. E, injusto, foi eliminado por 3 a 2 pela Itália. Com gol de Sócrates.

E, com gol dele, o Brasil começou vencendo na Copa-1986: 1 a 0 na Espanha. De cabeça, quase na linha do gol, o goleiro já batido.

Mas, no México, não era mais aquele. Camisa 18. Titular não tão inconteste. Sem a tarja de capitão.

Contra a Polônia, Sócrates fez seu quarto e derradeiro gol em um Mundial. De pênalti, em estilo peculiar: pouca distância da bola, uma quase paradinha, chute à meia-altura no canto direito.

Na disputa de pênaltis contra a França, foi o primeiro a bater. Estilo igual. Bats pegou, e o Brasil, bem sem encantar, caiu. Justo. Era 5 de julho, e foi o último capítulo de Sócrates em uma Copa. Merecia ter tido outro final.

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