Grandes cidades têm condições ruins para idosos

As grandes cidades de São Paulo, com população superior a 100 mil habitantes, vão mal em relação à oferta de boas condições de vida às pessoas com mais de 60 anos. Apenas cinco delas estão entre as cem primeiras no ranking dos 645 municípios paulistas sobre o tema, elaborado pelo governo estadual.

As cidades foram ranqueadas segundo o Índice Futuridade, elaborado pela Fundação Seade e pela Seads (Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social) e divulgado em 2009. Para a pasta, ainda que os dados de população sejam de 2008, o índice continua atual.

Foram considerados serviços oferecidos que levem em conta o envelhecimento ativo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), isso inclui estruturas que garantam participação nas esferas de decisão, acesso à saúde e a serviços de lazer como, por exemplo, de postos de saúde, Conselhos de Idosos e centros de convivência.

Entre as top 100 estão Praia Grande (29º), Valinhos (59º), São José dos Campos (86º), Sertãozinho (89º) e Santana de Parnaíba (95º). Todas abaixo da primeira colocada, Santo Antônio da Alegria, com apenas 6.249 habitantes. São Paulo, Guarulhos e Campinas, cidades com mais de 1 milhão de pessoas, também estão mal posicionadas. Em 503º, 560º e 466º lugares, respectivamente.

De acordo com Gleuda Apolinário, da Coordenadoria de Ação Social da Seads, o mau desempenho das grandes cidades não significa que elas não disponham dessas estruturas. Mas que, pelo tamanho de sua população, têm de oferecer mais serviços para dar conta da demanda.

Em 2008, São Paulo tinha 1,2 milhão de habitantes com idade superior a 60 anos, enquanto Santo Antônio da Alegria tinha somente 834.

REESTRUTURAÇÃO

O governo de São Paulo pretende ampliar a rede de assistência ao idoso no Estado em 2012.

Planeja construir e reformar centros de convivência para os idosos e criar um fundo de financiamento para programas sociais destinados aos idosos, nos moldes do Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente).