Análise

Na ZL, Mooca é quem mais reclama de saúde e educação

Mooca foi o distrito da zona leste que piorou nos últimos quatro anos, considerando-se as notas atribuídas pelos seus moradores a 27 aspectos da vida na região.

É o que revela a mais nova tomada do projeto DNA Paulistano, desenvolvido por Folha e Datafolha para monitorar a qualidade de vida nos 96 distritos da cidade.

Há quatro anos, a Mooca era o bairro que conseguia a maior média geral de satisfação entre os distritos que compõem a zona leste da cidade de São Paulo.

Este ano está em quinto lugar na região. O bairro apresenta queda nas médias de 21 dos 27 atributos contemplados na matriz de avaliação dos moradores locais.

Os piores desempenhos referem-se às ofertas nos serviços de educação e saúde, além da ocorrência de enchentes na região.

O único item que apresenta melhora no bairro, apesar de manter-se abaixo da nota 5, é o da acessibilidade para deficientes físicos.

Outros bairros também apresentam resultados piores em 2012 do que em 2008.

Iguatemi, Água Rasa, Parque do Carmo, Belém, Itaquera, José Bonifácio, Tatuapé, Cidade Tiradentes, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, por exemplo, obtiveram notas mais baixas neste último levantamento do que há quatro anos.

Os distritos que apresentam evolução quando comparadas as médias obtidas agora com as de 2008 são Carrão, Sapopemba e Vila Jacuí.

O bairro do Carrão saiu da 9ª posição há quatro anos e alcança agora o 1° lugar da região. Na ocasião, o bairro atingia nota geral 5,8. Agora, chega a 6,5.

Dentre os aspectos pesquisados no bairro, chamam atenção o crescimento nas notas de ações para jovens e idosos, as que se referem à oferta de serviços de saúde e as relativas à acessibilidade de deficientes físicos.

Sapopemba e Vila Jacuí também subiram no ranking. Da 23ª colocação, Sapopemba passou a figurar na 8ª posição, com média 5,8. Vila Jacuí pulou da 22ª para a 10ª, com nota 5,6.

A questão da segurança é importante destaque negativo na região -as notas para o quesito caíram principalmente em Iguatemi, Cidade Tiradentes, José Bonifácio e Itaim Paulista.

Vale destacar também que no bairro do Belém, além da nota atribuída para a segurança ter caído, cresceu em 11 pontos percentuais o índice que mede o risco de violência no bairro.