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Parceria com escolas será aumentada Programa do Sebrae-SP, de convênio com instituições de ensino, será estendido para o resto do país neste ano Expectativa é ampliar de 70 mil para 300 mil o número de alunos atendidos pelo projeto Jovens Empreendedores DE SÃO PAULOA convicção cada vez maior, entre pedagogos e estudiosos do tema, de que o empreendedorismo não é uma característica inata, mas que pode ser desenvolvida, tem acelerado o surgimento das iniciativas de estímulo no Brasil nos últimos anos. "Pode haver uma inclinação natural, mas os requisitos do empreendedorismo podem ser formados ao longo da vida. E a escola tem o dever de formar essa atitude", diz Eliana Aun, diretora-geral do Colégio Guilherme Dumond Villares, de São Paulo. Na década de 90, a instituição começou a oferecer atividades extracurriculares que envolvem o tema. Em 2000, após aprovação da Secretaria da Educação, tornou a disciplina de empreendedorismo obrigatória para alunos de 1º ao 5º ano do ensino fundamental. As crianças recebem noções sobre sustentabilidade, importância de poupar e ética. "Só quando estão no ensino médio eles passam a ter contato com temas mais áridos, como plano de negócios e financiamento", diz Eliana. A escola firmou convênio com o Sebrae de São Paulo em 2002. Com isso, passou a fazer parte do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos da entidade. O interesse de instituições de ensino de outros Estados fez o comando da entidade, em Brasília, decidir estendê-lo a partir deste ano. Com a nacionalização do programa, a expectativa é passar de 70 mil alunos atendidos, em 2011, para 300 mil neste ano. O número de escolas deve passar de 471 para 2.000 no período, prevê Flávia Azevedo Fernandes, gestora nacional do programa. Para Fernando Dolabela, um dos principais estudiosos do ensino empreendedor, o foco não deve ser o "empreendedorismo empresarial". "Não se diz a crianças que elas devem abrir empresas." Em 2002, ele criou uma metodologia que é usada hoje em escolas de rede pública municipal em 140 cidades. A pedagogia empreendedora, diz Dolabela, propõe uma mudança de cultura. "Queremos que os jovens tenham um sonho e construam caminhos para transformá-lo em realidade, seja ele qual for: ser dono de um negócio, funcionário, padre ou poeta." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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