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Com rejeição recorde, Kassab ouve de eleitor que 'já vai tarde'

DE SÃO PAULO

Em frente ao campus da PUC em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) ouviu ontem de um eleitor: "Já vai tarde!". Dentro da faculdade, o segundo protesto do dia: "E a Controlar, Kassab?".

O prefeito não reagiu. Ele acompanhava o voto de Alexandre Schneider, ex-secretário de Educação do seu governo e candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB).

As manifestações foram as únicas enfrentadas pelo prefeito, em meio a sua caminhada pela manhã para votar e acompanhar a ida de aliados às urnas, entre eles Serra.

O primeiro compromisso de Kassab foi votar no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, às 8h. Na saída, dizendo-se confiante no avanço de Serra para o segundo turno, revelou que havia votado no "careca e alto".

"É o melhor candidato. Ele definiu emprestar sua experiência ao longo dos próximos quatro anos para a cidade", disse Kassab, que assumiu a prefeitura em 2006 após Serra deixar o cargo.

Independentemente de quem se torne seu sucessor, Kassab afirma que ele encontrará uma cidade "exemplar" em termos de administração. Porém, disse, há problemas.

"Temos ainda uma série de problemas que evidentemente não puderam ser enfrentados", disse o prefeito, sem detalhar quais são. "Solucioná-los não é a tarefa de uma única gestão. É de várias."

Kassab aproxima-se do fim do mandato com recorde de índice de rejeição. Segundo o Datafolha, a proporção de eleitores que consideram a gestão dele ruim ou péssima subiu de 36% para 48%.

Neste mês, o Ministério Público o denunciou à Justiça por crime de responsabilidade. Para a Promotoria, houve ilegalidade no contrato firmado com a Controlar, que efetua o programa de inspeção veicular. Kassab nega haver irregularidades.

(ELVIS PEREIRA)

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