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Paes ganha 2º mandato no Rio com votação histórica

Atual prefeito teve 65% dos sufrágios e diz que não concorrerá ao Estado em 2014

'A vitória política foi nossa', afirma Marcelo Freixo (PSOL), que conquistou cerca de 28% dos votos válidos

DO RIO

O prefeito Eduardo Paes (PMDB), 42, foi reeleito ontem no primeiro turno com 65% dos votos válidos. Ele obteve percentual recorde na capital e ganha porte para ser um dos principais cabos eleitorais do Estado em 2014.

Com uma mega-aliança de 20 partidos, mais da metade do tempo total de TV e obras espalhadas pela cidade, Paes "encurralou" rivais.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL) recebeu 28% dos votos válidos. Apesar da derrota, o resultado foi obtido com uma campanha de poucos recursos e tempo de TV.

Rodrigo Maia (DEM) teve 3% dos votos, expondo o fracasso da aliança entre o ex-prefeito César Maia (DEM) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que indicou a filha Clarissa como vice.

Bacharel em Direito, Paes iniciou a carreira política com César Maia. Abandonou o ex-prefeito e se aproximou do governador Sérgio Cabral (PMDB), que o escolheu candidato à prefeitura em 2008. Ex-tucano e crítico do governo Lula, pediu desculpas ao petista para ter seu apoio.

Paes esperou o resultado na Gávea Pequena, residência oficial do prefeito. Estava acompanhado de Cabral. Agradeceu, em discurso, ao governador, a Lula e à presidente Dilma Rousseff.

"O presidente Lula me ensinou uma grande lição: era muito importante olhar para as pessoas da cidade que mais precisam da atenção do poder público", disse.

INVESTIGAÇÃO

A campanha do peemedebista termina sob investigação. O Ministério Público Eleitoral apura suposta compra de apoio político do PTN, sob a promessa de repasse de R$ 1 milhão. Paes nega o crime e afirma que apenas ajudou a sigla de forma legal com material de campanha.

"A gente vai continuar governando com seriedade. Foi assim que ganhei em 2008, foi assim que governei, e assim que vou continuar o governo. Uma grande aliança com grandes partidos", disse.

O prefeito negou que possa candidatar-se ao governo do Estado em 2014. Ele diz que estará à frente da cidade durante a Olimpíada de 2016:

"Meu partido tem um candidato, que é o Pezão. Vamos tentar formar uma grande aliança para elegê-lo".

O senador Lindbergh Farias (PT) também quer concorrer ao governo.

Em discurso nos Arcos da Lapa, onde foi saudado por centenas de militantes, Marcelo Freixo comemorou sua votação e a eleição de quatro vereadores do PSOL.

"A vitória política foi nossa. É uma vitória da mobilização", afirmou Freixo.

Ele criticou os institutos de pesquisa, sem dizer quais, por não terem apontado a votação que registrou.

Para ele, os órgãos criaram "uma sensação de que a eleição já estava resolvida".

(ITALO NOGUEIRA, FABIO BRISOLLA E MARCO AURÉLIO CANÔNICO)

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