Nome: Bernard Bertossa
Idade: 59
Ocupação: magistrado
País: Suíça
Cargo: procurador-geral da Corte Federal suíça
Internet: -
Cidade: Genebra
Narcodólares colombianos, comissões suspeitas, pagamento de propinas em negócios entre a França e o Kuait —todos passam algum tempo por contas na Suíça. Mas o simples fato de sabermos disso deve-se em boa parte a Bernard Bertossa. Eleito procurador-geral de Genebra em 1990, ele desenvolveu um sistema inédito de assistência. Hoje, quando um juiz de um país solicita informações a Genebra, o pedido não vai mais para o lixo. “A corrupção já é um mal internacional’’, diz. “Os países não podem abrir suas fronteiras e continuar fechando questão em defesa de suas leis nacionais.’’ Foi por isso que, em 1998, ele assinou um manifesto, no qual, junto a juízes da França, Itália e Espanha, denuncia os paraísos fiscais europeus que oferecem impunidade a criminosos. “Estamos progredindo aos poucos,’’ observa. Mas, por baixo de sua aparência pacífica, Bertossa é daqueles que, “movidos pelo senso de dever’’, nunca desiste de seus objetivos.