Nome: Otto Gottlieb
Idade: 79
Ocupação: químico
País: Brasil
Cargo: pesquisador da Fiocruz
Internet: www.fiocruz.br
Cidade: Rio de Janeiro
Otto Gottlieb tem pressa. Aos 79 anos, o químico brasileiro, indicado três vezes ao Nobel, trabalha dia e noite, sábado e domingo, porque sabe que está perto de algo “grande”: “Estamos em vias de entender a linguagem das plantas”. Linguagem, aí, são as razões que levam uma planta a produzir uma substância nova. Desde 1945, quando formou-se em química, Gottlieb já estudou 1.100 plantas. Quer entender por que uma imbuía do Pará é quimicamente diferente de uma do Espírito Santo. Ele está prester a decifrar esse enigma porque nunca usou viseiras. Seus estudos são holísticos. Levam em conta do conhecimento popular à relação de macacos com plantas. Ele não se preocupa com aplicações, apesar de suas pesquisas terem aberto uma nova fronteira para antiinflamatórios e no combate à doença de Chagas. Repete uma frase de Sir Derek Barton (1918- 1998), inglês Nobel de Química: “Os frutos da boa ciência são automáticos”.