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MESTRADO ACADÊMICO
Pós dá a largada para vida acadêmica
Etapa amadurece habilidades de pesquisa e dá base teórica mais sólida a quem vai seguir no mercado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para quem pende mais para a
carreira acadêmica do que para
a corporativa, fazer mestrado é
o ponto de partida. Durante o
curso, o aluno vai amadurecer
sua experiência científica e
suas habilidades de pesquisa e
se preparar para o doutorado.
Ao preparar a dissertação de
conclusão do curso, o mestrando faz uma revisão da literatura
que domina. Por isso deve escolher um orientador cuja linha
de pesquisa mais se aproxime
de seu objeto de estudo.
A modalidade exige mais dedicação do que uma especialização. Segundo Aloísio Buoro,
consultor da empresa de recrutamento DBM, o tempo médio
para concluir um mestrado é de
mil horas, contra de 500 a 600
horas exigidas por um MBA.
Mas o foco acadêmico não
anula o interesse do mercado
pelos mestrandos.
Especialistas apontam demanda por profissionais com
base teórica mais profunda,
"capazes de lidar com a profusão de informações da época
em que vivemos", conforme define Maria Lucia Gitahy, vice-presidente do comitê de pós da
FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).
Buoro é mais cético. "O mercado ainda não mostrou que valoriza proporcionalmente o
empenho de um profissional
que faz mestrado em relação a
alguém que opta pelo MBA."
Por outro lado, muitos se inscrevem no curso por outros
motivos. "Quando não estão ligados à academia, alunos fazem
o mestrado em busca de satisfação", diz Isak Kruglianskas,
chefe do departamento de administração da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo).
Quando fazer?
Ao contrário do MBA, recomendado para quem tem cargo
de gestão há ao menos três
anos, o mestrado pode ser feito
logo após a graduação.
Mas Monica Herman, presidente da comissão de pós-graduação da Faculdade de Direito
da Universidade de São Paulo,
acredita que o recém-formado
deva, antes do mestrado, apostar em um curso mais amplo.
"Sair da graduação e entrar
direto no mestrado pode ser
um choque muito grande", diz,
referindo-se à dedicação às leituras e à dissertação e à maturidade que se exige do aluno.
Para Buoro, deve-se procurar
o curso quando o objeto de estudo for claro. ""Se isso não
existir logo depois de formado,
recomendo trabalhar cerca de
três anos na área."
(JV)
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