Apesar de serem cobiçadas, seleções federais são as que menos recrutam

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os concursos federais costumam ser os mais visados por aliarem bons salários a trabalho em instituições de renome.
Um exemplo é o Banco Central, que deve abrir, neste ano, 350 postos para analistas -que receberão R$ 10,9 mil- e 20 para procuradores, que terão salário de R$ 14 mil.
Eles substituirão os servidores que vêm se aposentando desde 2005 e os que já têm condições de fazê-lo.
Mas são os governos estaduais que mais estão oferecendo vagas: são 5.175, contra 2.807 oportunidades em órgãos federais, superados também pelas prefeituras de todo o país, que abrem 3.482 postos.
Nos Estados, a área de direito oferece variado leque de vagas -confira nas páginas 11 e 12. Começam com as para estagiários, em São Paulo, na Defensoria Pública do Estado, que convocará 88 estudantes.
E chegam às mais atraentes, como promotor de Justiça, que recruta para 40 vagas no Distrito Federal, com o maior salário entre todos os que estão abertos: R$ 19.955. O mesmo recebe o juiz do trabalho substituto no Paraná -são 4 vagas. No Rio Grande do Norte, o Ministério Público tem 20 vagas, com remuneração de R$ 14.507.
Outro concurso aguardado, em Campinas, é o de analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho (veja na pág. 15).
A organizadora do concurso espera, em 2009, um acréscimo de 30% nas inscrições -em 2004, no último concurso, foram 6.561 para analista.

Universidades federais
Em conjunto, são as universidades federais que mais abrem postos. Até o fechamento desta edição (23/2), eram 988, ou 35% do total oferecido, entre professores e outros funcionários -confira tabelas nas páginas 5 e 6.
"Para este ano, está autorizada a abertura de outras 7.165 vagas para docentes e 5.996 vagas para técnicos administrativos. Em 2008, foram realizados concursos para 6.625 docentes e 7.243 técnicos administrativos", diz Maria Paula Bucci, secretária de Educação Superior do Ministério da Educação.
Muitos concursos já foram abertos, e as universidades confirmam que as seleções seguirão durante o ano.
A Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) já abriu 45 vagas e prevê outras 18, em março, para repor docentes, e 30 para programas novos e já existentes.
Já a UFSJ (Universidade Federal de São João del-Rei) recruta 15 professores neste mês. Um dos mais recentes contratados é o músico Vladmir Cerqueira, 36, professor-assistente do departamento de música, inaugurado há dois anos.
"Estão começando a surgir os primeiros doutores em música", comemora Cerqueira, que pretende se envolver com ensino e pesquisa.


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