Ricardo Nogueira/Folhapress

Neymar treina em Los Cardales

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS À ARGENTINA

O Brasil que vai disputar a Copa América tem muito a provar. O torneio, que começa hoje, será a primeira competição oficial de Mano Menezes à frente da seleção.
O ex-técnico do Corinthians assumiu o time nacional há quase um ano, logo depois de Dunga e seus comandados fracassarem no Mundial da África do Sul.
Mano chegou ao time nacional com basicamente duas missões: resgatar a imagem do futebol brasileiro e preparar uma equipe competitiva para erguer a taça na Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil.
Nos oito amistosos que fez desde o Mundial de 2010, a seleção ainda não engrenou. Teve momentos de brilho, mas fraquejou diante de adversários de primeira linha.
O retrospecto de Mano até aqui não é ruim, mas modesto: vitórias contra EUA, Irã, Ucrânia, Escócia e Romênia, empate com Holanda e derrotas ante Argentina e França. Contra os três últimos rivais, o Brasil não fez gols.
Mas, ainda assim, o técnico chega à Argentina respaldado. Ouviu do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que seu emprego está garantido qualquer que seja o resultado na Copa América.
"Teste não é a palavra adequada", disse Mano, sobre a pressão de disputar seu primeiro torneio oficial. "É uma competição forte, que vai exigir muito da seleção brasileira e vai servir de parâmetro de avaliação", declarou.
A competição na Argentina será também a estreia de uma nova geração, liderada por Neymar, Ganso e Lucas, na qual o treinador confia e a qual ao mesmo tempo mima e tenta proteger.
Ainda há remanescentes da era Dunga que ocupam posições importantes no time. O goleiro é Júlio César, e o capitão é Lúcio. O volante Ramires e o atacante Robinho são intocáveis.
O Brasil divide o Grupo B da Copa América com Venezuela (contra quem estreia no domingo, em La Plata), Equador e Paraguai.
Contra esses rivais, Mano deve testar um esquema tático atrevido, com Ganso, Robinho, Neymar e Pato, além de laterais que atacam melhor do que defendem -Daniel Alves e André Santos.
"Daqui para a frente, vamos evoluir com essa ideia, afirmá-la e, se for necessário, fazer ajustes", afirmou Mano, que antes da Copa do Mundo de 2014 ainda vai dirigir a seleção na Olimpíada, no ano que vem, e na Copa das Confederações, em 2013.


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