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Sociólogo diz que pesquisa evidencia instabilidade do voto
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Uma nova eleição, com
tempo para virar o jogo,
avançar ou perder espaço. É
esse o cenário do segundo
turno sugerido pelos dados
regionais do Datafolha, na
leitura do sociólogo Silvio
Caccia Bava, 54, coordenador do Instituto Pólis.
"Vejo um voto ainda muito oscilante", diz Bava. "Em
uma semana, os indecisos
saltam oito pontos na zona
oeste e Marta cai nove pontos na leste 1. Isso é instabilidade", analisa.
Para Bava, a movimentação das previsões é favorável
ao PT. Na última semana,
Serra só cresceu em uma
sub-região na simulação de
segundo turno: a área leste 1
(da pesquisa do dia 24 de setembro para a do dia 19 de
setembro foi de 53% para
60%). No extremo leste fez o
movimento inverso -perdeu sete pontos percentuais
(foi de 47% para 40%).
O sociólogo vê nos números de Serra um indício de
que o eleitorado do tucano
pode ter chegado a seu teto
máximo, ao contrário de
Marta, que ainda teria margem para crescer sua votação na periferia.
"Lá [na periferia] pode não
haver concentração de malufistas, mas há volume. E
sobre esse eleitorado Marta
ainda tem muita chance",
diz Bava. A petista avançou
em quatro sub-regiões no
período. Entre elas, está o
leste 2 (extremo leste), onde
ela ganhou seis pontos e bate
Serra por 51% a 40% na simulação do segundo turno.
Rogério Schmitt, 35, diretor acadêmico da Escola de
Sociologia e Política de São
Paulo, porém, não vê bom
cenário para Marta. "Das sete regiões, Serra chegaria ao
segundo turno numa situação consolidada em quatro
[com diferença de mais de
dez pontos para Marta]. Nas
três que Marta lidera, só em
uma impõe mais de dez
pontos a Serra. Está mais fácil para ele", diz Schmitt.
(SC e FM)
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