ISABELA SALGUEIRO
DA REDAÇÃO

Soa o sinal e, em filas, eles vão para a sala de aula. Desta vez, porém, não para aprender história ou matemática. É hora de votar. Nos últimos dias, colégios de São Paulo simularam eleições municipais com intenção semelhante: estimular crianças e jovens a exercer seus direitos.
A escolha do candidato varia. "Ah, eu voto no [José] Serra [PSDB] porque a gente sempre votou nele", disse Vitor Prisco, 9, da 3ª série do ensino fundamental do colégio Santa Maria. A gente, no caso, é sua família. "O PT é muito chato", diz.
Exemplo de influência que vem de casa é Caroline Costa Tatto, 10. Diz ela que votou em Marta Suplicy (PT) porque, além de ser do PT, seu tio, o secretário de Transportes Jilmar Tatto, trabalha na prefeitura. "E porque a Marta fez os CEUs."
Os pais, porém, não são os únicos a definir o candidato dos filhos. Sueli Gonçalves Gomes, orientadora pedagógica do jardim e do pré do Santa Maria, diz que a opinião dos amigos pesa na hora da escolha. "Eles conversam e até discutem", disse.
No Bandeirantes, as eleições ocorreram só no ensino médio. Carlos Bruno Gaya da Costa, 3º ano, votou em Serra. "A primeira coisa que fiz quando completei 16 anos foi tirar meu título." Hoje, aos 17, é filiado ao PSDB.
Segundo a diretora pedagógica do Discere Laboratum, Márcia Cristina Giachini Lopes Pinto, a razão para a escolha muda com o passar dos anos. Crianças, diz ela, tendem a prestar atenção na imagem.
Os colégios inseriram ainda outras atividades sobre eleição, como o Peretz, que fez debate com candidatos a vereador.
Serra venceu nos quatro colégios. Marta ficou em segundo em três. Havanir, em um.


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