São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2004

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SALVADOR

Sem o apoio de Lula, deputado petista encosta em César Borges (PFL); Carneiro lidera com 35%, segundo o Ibope

Desacreditado pelo PT, Pellegrino empata em 2º lugar

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Sem o apoio formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e considerado praticamente derrotado pela direção nacional do PT, o deputado Nelson Pellegrino subiu nas pesquisas para a Prefeitura de Salvador e, agora, está empatado tecnicamente com o senador César Borges (PFL), candidato apoiado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
A última pesquisa Ibope, divulgada ontem, indica que Borges tem 20% das intenções (caiu seis pontos), e Pellegrino, 16% -crescimento de quatro. O deputado estadual João Henrique Carneiro (PDT) segue na liderança, com 35%. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento, feito entre os dias 26 e 28 de setembro, ouviu 602 eleitores e foi registrado sob o número 23161/2004.
Diplomático, Pellegrino não comenta a opção de Lula, que não participou de sua campanha, diferentemente do que fez em São Paulo e Recife. Segundo o deputado, o presidente foi duas vezes à Bahia no período eleitoral e, em ambas, manifestou seu apoio.
Na primeira visita, Lula inaugurou o Farmácia Popular (na época, os candidatos ainda não tinham intensificado a campanha). Depois, o presidente foi a Feira de Santana (108 km de Salvador) inaugurar obras de ampliação de um projeto social. No interior da Bahia, o presidente falou sobre a sucessão na capital baiana.
"O PT, historicamente, cresce na reta final da campanha. Vamos para o segundo turno, sem nenhuma dúvida", disse o candidato. Pellegrino também aponta o apoio "indireto" de Lula para justificar seu crescimento. "O ministro José Dirceu e o presidente do partido, José Genoino, estiveram em Salvador nos últimos dias para dizer que a conquista da prefeitura faz parte da prioridade de governo do presidente Lula."
Em queda nas pesquisas, César Borges disse que confia na militância para chegar ao segundo turno. "Todas os institutos revelam que estarei no segundo turno. Confio na militância do PFL e dos partidos coligados para disputar e vencer o segundo turno."
Segundo ele, sua candidatura sofreu um "ataque combinado" dos demais nove postulantes. "No segundo turno, o jogo será diferente, será um contra um."


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