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SALVADOR
Sem o apoio de Lula, deputado petista encosta em César Borges (PFL); Carneiro lidera com 35%, segundo o Ibope
Desacreditado pelo PT, Pellegrino empata em 2º lugar
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Sem o apoio formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
considerado praticamente derrotado pela direção nacional do PT,
o deputado Nelson Pellegrino subiu nas pesquisas para a Prefeitura de Salvador e, agora, está empatado tecnicamente com o senador César Borges (PFL), candidato apoiado pelo senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA).
A última pesquisa Ibope, divulgada ontem, indica que Borges
tem 20% das intenções (caiu seis
pontos), e Pellegrino, 16% -crescimento de quatro. O deputado
estadual João Henrique Carneiro
(PDT) segue na liderança, com
35%. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento, feito entre os
dias 26 e 28 de setembro, ouviu
602 eleitores e foi registrado sob o
número 23161/2004.
Diplomático, Pellegrino não comenta a opção de Lula, que não
participou de sua campanha, diferentemente do que fez em São
Paulo e Recife. Segundo o deputado, o presidente foi duas vezes à
Bahia no período eleitoral e, em
ambas, manifestou seu apoio.
Na primeira visita, Lula inaugurou o Farmácia Popular (na época, os candidatos ainda não tinham intensificado a campanha).
Depois, o presidente foi a Feira de
Santana (108 km de Salvador)
inaugurar obras de ampliação de
um projeto social. No interior da
Bahia, o presidente falou sobre a
sucessão na capital baiana.
"O PT, historicamente, cresce
na reta final da campanha. Vamos
para o segundo turno, sem nenhuma dúvida", disse o candidato. Pellegrino também aponta o
apoio "indireto" de Lula para justificar seu crescimento. "O ministro José Dirceu e o presidente do
partido, José Genoino, estiveram
em Salvador nos últimos dias para dizer que a conquista da prefeitura faz parte da prioridade de governo do presidente Lula."
Em queda nas pesquisas, César
Borges disse que confia na militância para chegar ao segundo
turno. "Todas os institutos revelam que estarei no segundo turno.
Confio na militância do PFL e dos
partidos coligados para disputar e
vencer o segundo turno."
Segundo ele, sua candidatura
sofreu um "ataque combinado"
dos demais nove postulantes. "No
segundo turno, o jogo será diferente, será um contra um."
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