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PF investiga se delegado agiu por dinheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
O comando da Polícia
Federal informou ontem
que irá investigar se o delegado Edmilson Pereira
Bruno recebeu dinheiro
ou se agiu por motivação
política ao divulgar as fotos do R$ 1,7 milhão que
seria utilizado para a compra do dossiê.
A polícia instaurou dois
procedimentos para investigar o caso: um inquérito criminal e uma sindicância para apurar a conduta de Bruno, que, como
funcionário público, tem o
compromisso com o sigilo
profissional.
O superintendente da
Polícia Federal de São
Paulo, Geraldo Araújo,
evitou fazer um prejulgamento, mas disse que houve uma quebra de confiança por parte do delegado.
Para Araújo, é "muito
grave" o fato de Bruno ter
afirmado a peritos que tinha voltado ao caso, só para fazer fotografias.
"Houve uma quebra de
confiança muito grande,
ele quebrou a impessoalidade do trabalho da Polícia Federal", afirmou.
Segundo o superintendente, se comprovada a
afirmação dos peritos, o
delegado Bruno pode sofrer uma punição severa,
como trinta dias ou mais
de suspensão.
Para o presidente do
TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), ministro Marco
Aurélio de Mello, a imprensa agiu corretamente
ao divulgar as fotos do dinheiro. "O sigilo diz respeito àqueles que devem
respeitá-lo. Uma vez quebrado, chegando os fatos
ao conhecimento dos veículos de comunicação, incumbe a esses veículos estampar esses fatos."
(LC)
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