São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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PF investiga se delegado agiu por dinheiro

DA REPORTAGEM LOCAL

O comando da Polícia Federal informou ontem que irá investigar se o delegado Edmilson Pereira Bruno recebeu dinheiro ou se agiu por motivação política ao divulgar as fotos do R$ 1,7 milhão que seria utilizado para a compra do dossiê.
A polícia instaurou dois procedimentos para investigar o caso: um inquérito criminal e uma sindicância para apurar a conduta de Bruno, que, como funcionário público, tem o compromisso com o sigilo profissional.
O superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Geraldo Araújo, evitou fazer um prejulgamento, mas disse que houve uma quebra de confiança por parte do delegado.
Para Araújo, é "muito grave" o fato de Bruno ter afirmado a peritos que tinha voltado ao caso, só para fazer fotografias.
"Houve uma quebra de confiança muito grande, ele quebrou a impessoalidade do trabalho da Polícia Federal", afirmou.
Segundo o superintendente, se comprovada a afirmação dos peritos, o delegado Bruno pode sofrer uma punição severa, como trinta dias ou mais de suspensão.
Para o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio de Mello, a imprensa agiu corretamente ao divulgar as fotos do dinheiro. "O sigilo diz respeito àqueles que devem respeitá-lo. Uma vez quebrado, chegando os fatos ao conhecimento dos veículos de comunicação, incumbe a esses veículos estampar esses fatos." (LC)


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