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Para deputados, renovação da Assembléia deve ser menor
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
As novas regras eleitorais,
que restringiram os gastos em
comunicação de campanha,
criaram uma expectativa entre
os deputados estaduais de São
Paulo que buscam a reeleição: a
de que a renovação da Assembléia Legislativa será menor do
que a da disputa de 2002, quando 44 "novatos" foram eleitos.
O fato de a legislação proibir
a colocação de cartazes nas
ruas, a propaganda em outdoors, os showmícios e a distribuição de brindes, dizem, tira
dos concorrentes desconhecidos a possibilidade de fixar seus
nomes entre os eleitores.
Apenas a propaganda eleitoral gratuita, com uma infinidade de nomes e de rostos, não é
considerado eficiente para lançar um candidato.
Os deputados que disputam a
eleição, ao contrário, gozam de
uma condição mais tranqüila.
Com funcionários e escritórios
políticos bancados pela Assembléia, eles tiveram os últimos
quatro anos para agradar suas
bases eleitorais.
Por conta disso, os parlamentares acreditam que a renovação da Assembléia não
passe da casa dos 40%. De 35 a
38 cadeiras seriam abertas para
os novos eleitos.
Atualmente, dos 94 deputados, 93 são candidatos à reeleição -apenas Maria Almeida
Dantas (PRB) não irá tentar um
novo mandato.
Em 2002, dos 74 deputados
que tentaram se reeleger -50
conseguiram.
Os números da eleição de
1998 são similares aos da disputa de 2002. Dos que já eram
parlamentares 50 foram reeleitos e 44 novos tomaram posse.
Um deputado estadual de
São Paulo recebe hoje um salário bruto de R$ 12.847 bruto.
Levantamento feito pela Folha mostrou que os deputados
estaduais de São Paulo que disputam um cargo neste ano tiveram, em média, uma evolução
patrimonial de 40% nos últimos quatro anos.
Os bens declarados ao TRE
(Tribunal Regional Eleitoral)
somam R$ 90,6 milhões -um
aumento de R$ 25,9 milhões
em relação aos valores declarados na campanha de 2002.
Partidos
Em 2002, ainda na "onda
vermelha" que levou o petista
Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, a Assembléia Legislativa de São Paulo adquiriu uma
nova configuração. O PT, por
exemplo, passou de 13 para 23
deputados.
O bloco de sustentação do
então governador tucano Geraldo Alckmin "emagreceu"
consideravelmente. Após a
eleição de 2002, o PSDB diminuiu de 24 para 18 cadeiras, o
PTB, de 13 para seis, e o PFL, de
nove para seis.
Atualmente, depois de muitas trocas de partidos, o PSDB e
o PT têm 22 deputados estaduais cada um.
Os deputados acreditam que
a divisão de forças, com diferentes partidos ligados aos tucanos ou aos petistas, será
mantida na atual legislatura.
Colaborou ANDREA MURTA, da Redação
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