|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Agenda inclui reformas política, previdenciária e tributária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Congresso que toma posse
em fevereiro iniciará seus trabalhos com duas pautas obrigatórias: votar as emendas à constituição prorrogando ou "eternizando" a CPMF (o chamado
"imposto" do cheque) e a DRU
(mecanismo que permite o uso
livre pelo governo de 20% das
receitas da União), medidas
que vigoram só até 2007.
Além disso, seja qual for o vitorioso, parece haver consenso
entre governo e oposição que
será prioridade votar pontos da
reforma política, da reforma
tributária e novas alterações na
Previdência pública.
"O projeto prioritário para
2007 é o que eu chamo de
"agenda tesoura". Temos que
cortar gastos para permitir o
investimento. Para isso, é preciso reduzir o desperdício e fazer as reformas, entre elas a que
regulamenta a Previdência do
novo servidor público", diz o líder da oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Governistas concordam que
há necessidade de mexer novamente nas regras da Previdência, já alteradas durante esta legislatura. "O tema Previdência
é mundialmente permanente",
diz o líder do governo, Arlindo
Chinaglia (PT-SP). Ele afirma
ainda que pontos remanescentes da reforma tributária devem ir a voto, pois já teriam
consenso. O principal deles é o
que unifica o ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte
de receita dos Estados, substituindo as 27 legislações atuais
por uma única lei federal.
Chinaglia aponta ainda para
projetos com o objetivo de desburocratizar as regras para o
setor empresarial.
Dos temas relacionados à reforma política, os que mais são
citados pelos atuais parlamentares são os que tratam da fidelidade partidária, do financiamento público de campanha e
de alterações nas regras da
cláusula de barreira, mecanismo que deve forçar o desaparecimento ou fusão de vários partidos políticos.
"Essa é uma agenda que vamos debater e tentar acertar
dentro da discussão da reforma
política", afirmou o presidente
do PC do B, Renato Rabelo.
A cláusula de barreira vai retirar mecanismos essenciais à
existência dos partidos -como
a maior parte do tempo de TV e
dos recursos do fundo partidário- que não obtiverem nas
eleições pelo menos 5% dos votos válidos para deputado federal no país.
Um ponto importante a se
ressaltar é que a pauta do Legislativo deve ser prejudicada pela
tramitação e votação dos processos de cassação contra deputados acusados de participar
da máfia dos sanguessugas.
São 67 em andamento e vários deles não devem ser concluídos até dezembro, o que
exigirá sua retomada na próxima legislatura.
(RB)
Texto Anterior: Saiba mais: Em 2002, siglas nanicas elegeram 101 deputados Próximo Texto: Senado - São Paulo: Virtual eleito, Suplicy declara amor ao PT Índice
|