São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Estados

Continuísmo será marca em 21 Estados

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As disputas pelos governos estaduais e do Distrito Federal terão duas marcas principais: 1) continuísmo das forças que já estão no poder e 2) recorde de decisões no primeiro turno.
As pesquisas de intenção de voto disponíveis para as 27 eleições de governadores demonstram que em 21 Estados há candidatos favoritos que representam os atuais governos. Em 16 casos, é o próprio governador que disputa a reeleição.
Há também localidades como São Paulo e Rio, onde os candidatos à frente na disputa -José Serra (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB), respectivamente- pertencem aos mesmos grupos atualmente no poder. Não há reeleição nesses dois Estados, mas mantém-se o establishment inalterado.
A reeleição foi introduzida no país pela primeira vez na eleição de 1998. Naquele ano, 21 dos 27 governadores tentaram se reeleger. Só 14 tiveram sucesso. Em 2002, quatro anos depois, foram 14 tentativas de reeleição e apenas nove se deram bem. O recorde pode ser quebrado neste ano.
Outro aspecto inédito nos pleitos estaduais é o número de decisões possíveis no primeiro turno: até 16 casos, dizem as pesquisas.
Desde a adoção dos dois turnos em eleições de governadores -em 1990-, o máximo de disputas concluídas na primeira rodada de votação foi em 1998, com 14 vitórias.
Na divisão partidária, poucas surpresas estão à vista. O PMDB deve continuar a ser a sigla com o maior número de Estados (de sete a oito vitórias previstas). O PSDB é favorito nos dois maiores colégios eleitorais (São Paulo e Minas Gerais). O PFL mantém a Bahia como seu maior reduto. E o PT continua fraco nesse tipo de eleição: tem chance real só em três Estados (Acre, Piauí e Sergipe), cujo eleitorado representa 3% do do país.


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