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Estados
Continuísmo será marca em 21 Estados
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As disputas pelos governos estaduais e do Distrito Federal terão
duas marcas principais: 1) continuísmo das forças que já estão no
poder e 2) recorde de decisões no
primeiro turno.
As pesquisas de intenção de voto
disponíveis para as 27 eleições de
governadores demonstram que em
21 Estados há candidatos favoritos
que representam os atuais governos. Em 16 casos, é o próprio governador que disputa a reeleição.
Há também localidades como
São Paulo e Rio, onde os candidatos à frente na disputa -José Serra
(PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB),
respectivamente- pertencem aos
mesmos grupos atualmente no poder. Não há reeleição nesses dois
Estados, mas mantém-se o establishment inalterado.
A reeleição foi introduzida no
país pela primeira vez na eleição de
1998. Naquele ano, 21 dos 27 governadores tentaram se reeleger. Só
14 tiveram sucesso. Em 2002, quatro anos depois, foram 14 tentativas de reeleição e apenas nove se
deram bem. O recorde pode ser
quebrado neste ano.
Outro aspecto inédito nos pleitos estaduais é o número de decisões possíveis no primeiro turno:
até 16 casos, dizem as pesquisas.
Desde a adoção dos dois turnos
em eleições de governadores -em
1990-, o máximo de disputas concluídas na primeira rodada de votação foi em 1998, com 14 vitórias.
Na divisão partidária, poucas
surpresas estão à vista. O PMDB
deve continuar a ser a sigla com o
maior número de Estados (de sete
a oito vitórias previstas). O PSDB é
favorito nos dois maiores colégios
eleitorais (São Paulo e Minas Gerais). O PFL mantém a Bahia como
seu maior reduto. E o PT continua
fraco nesse tipo de eleição: tem
chance real só em três Estados
(Acre, Piauí e Sergipe), cujo eleitorado representa 3% do do país.
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