São Paulo, quinta, 2 de janeiro de 1997.

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O QUE IMPORTA/GEOGRAFIA
Crescimento urbano desordenado gera problemas

da Reportagem Local

Um assunto que até já caiu em alguns vestibulares este ano e pode ser pedido nas segundas fases da Fuvest e da Unicamp é o processo de urbanização.
Segundo as professoras de geografia Maria Tereza Aeoarrage, do cursinho Intergraus, e Vera Lúcia da Costa Antunes, do Objetivo, o tema pode ser explorado de muitas maneiras, em forma de perguntas.
De essencial, o vestibulando tem de saber estabelecer as principais diferenças dos processos de urbanização ocorridos nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Enquanto nos primeiros a urbanização é um fenômeno antigo, que ocorreu atrelado ao desenvolvimento da industrialização, o mesmo não se pode dizer dos países subdesenvolvidos, ou de industrialização tardia, como muitos preferem chamar.
Como explica Vera Lúcia, os países subdesenvolvidos atravessam, no momento atual, o auge de seu processo de urbanização. "Trata-se de um fenômeno que está acontecendo agora, de maneira veloz e caótica."
Algumas das consequências desse crescimento urbano desordenado podem ser enumeradas: proliferação das favelas, desemprego, marginalidade e carência de infra-estrutura básica.
"Esses problemas estão relacionados à qualidade de vida da população e são decorrentes de uma urbanização acelerada que não vem acompanhada de uma infra-estrutura que lhe dê suporte", confirma Maria Tereza.
Há, ainda, problemas de ordem ecológica, como ressalta a professora Vera Lúcia. "São problemas relativos à poluição do ar, da água e do solo."
O processo de erosão ocasionado pela má ocupação de determinadas áreas urbanas, como as encostas de morros e as margens de rios e córregos, é um desses problemas.
"A construção de habitações precárias nessas áreas acelera a erosão dos solos, destrói o ambiente e compromete a qualidade de vida e a segurança das populações de baixa renda, que costumam ocupar tais áreas", diz Vera Lúcia.

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