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Justiça Eleitoral do Rio volta a tirar Record do ar, agora por 24 horas
DA SUCURSAL DO RIO
A TV Record ficou fora do ar na
cidade do Rio todo o dia de ontem
por determinação do Tribunal
Regional Eleitoral. O juiz Luiz
Márcio Victor Alves Pereira,
coordenador de Fiscalização da
Propaganda Eleitoral, entendeu
que a emissora reincidiu em fazer
propaganda subliminar do candidato do PL à Prefeitura do Rio,
Marcelo Crivella.
Advogados da Record entraram
com mandado de segurança e um
recurso para que o sinal fosse restabelecido antes de se completar
as 24 horas de punição. A emissora saiu do ar à 0h45 de ontem. Até
o fechamento desta edição, o TRE
ainda estava julgando os pedidos.
Depois de assistir a fitas do programa "Coisas da Vida", produzido pela Igreja Universal do Reino
de Deus (dona da Record), o juiz
considerou "propaganda ostensiva" a convocação para o evento
"Rio ao pé da cruz", no domingo.
Segundo o apresentador, bispo
Clodomir dos Santos, seria distribuído no dia da eleição o salmo
22, "o da vitória". O número de
Crivella na campanha é 22.
O juiz já determinara o corte do
sinal da emissora em 20 de setembro, impedindo que os 22 minutos finais de "Repórter Record"
fossem ao ar. O programa falava
sobre projeto da Universal desenvolvido por Crivella na Bahia e
usado por ele em sua campanha.
"A proximidade das eleições
torna fundamental a retirada do
ar da emissora, uma vez que a
mesma, com sua conduta de desrespeito à Lei Eleitoral e afrontamento ao Poder Judiciário, está
comprometendo o equilíbrio do
pleito e colocando em risco a lisura das eleições, devendo ser observado que não se pode admitir
que a Rede Record, titular de uma
concessão do Poder Público,
mantenha este comportamento
deplorável", escreveu o juiz.
A emissora foi obrigada a exibir,
a cada 15min, informação de que
estava fora do ar por desobediência à Lei Eleitoral. Segundo o juiz,
se a Record insistir na propaganda, será suspensa por 48 horas.
Segundo um profissional do ramo, a Record deve ter perdido
cerca de R$ 300 mil ficando fora
do ar ontem, valor calculado a
partir dos R$ 500 milhões que a
emissora fatura por ano.
A CNT, que reproduz programas da Universal recebeu uma
advertência do juiz para não mencionar o "salmo da vitória". Ontem, a emissora informou que está atenta ao conteúdo dos programas. Procurados, Record e Crivella não se pronunciaram.
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