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CAMPANHA
Presidente do tribunal afirmou ainda que toda eleição tem sua cota de baixaria, mas que excessos são coibidos
Baixaria ficou dentro da normalidade, diz TSE
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), Sepúlveda
Pertence, disse ontem que toda
eleição tem a sua "cota de baixaria" e que os excessos estão sendo
coibidos. Para ele, as disputas ficaram "dentro da normalidade".
"Creio que está dentro da normalidade [as campanhas]. Toda
campanha tem sua cota de baixaria, que está sendo coibida na medida do possível", disse quando
questionado se há ataques em excesso dos candidatos onde as
campanhas estão acirradas.
Sobre que conselho daria ao
eleitor indeciso, recomendou que
decida "com a sua consciência,
alheio a toda a pressão". Sobre a
legitimidade do voto nulo, de protesto, para quem não tem preferência: "Não posso aconselhá-lo.
Acho apenas que a opção é da
consciência do eleitor".
Em rápida entrevista à Folha,
ontem de manhã, por telefone,
Pertence afirmou que a maior
preocupação da Justiça Eleitoral
na reta final das eleições é assegurar a tranqüilidade na votação,
particularmente para os eleitores.
Candidatos sob risco
Ontem à tarde, o tribunal ainda
tinha estoque de 954 processos de
cassação do registro de candidatura pendentes. Até as 18h de hoje, quando deve fazer a última sessão antes do primeiro turno, não
terá concluído a pauta.
Pertence disse que os candidatos nessas condições irão concorrer "por sua conta e risco" e que
"o risco é total" nas disputas para
prefeito. "Se o recurso dele for rejeitado pelo TSE ou pelo STF [Supremo Tribunal Federal], os votos
são nulos para todos os efeitos."
No caso dos candidatos a vereador, os votos vão para o partido.
Se, no resultado definitivo da
eleição para prefeito, a soma dos
votos nulos e da votação do candidato cassado ultrapassar a metade dos votos válidos, a Justiça
Eleitoral realizará novas eleições.
Anteontem à noite, o TSE aprovou resolução ordenando que os
votos desses candidatos sejam
contados como nulos até que haja
decisão judicial favorável.
"É inevitável que algumas situações fiquem indefinidas, porque
será humanamente impossível
julgar até amanhã à tarde [hoje] e
porque cabe recurso ao STF", disse o ministro ontem.
Para Pertence, o índice de comparecimento às seções eleitorais
poderá repetir os 85% registrados
nas últimas eleições municipais.
Se essa expectativa se confirmar,
irão votar 101,8 milhões de eleitores dos 119,820 milhões inscritos
na Justiça Eleitoral.
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