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BAHIA
Durval Carneiro rompe hegemonia do grupo carlista
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O grupo de Antonio Carlos
Magalhães deixou de ter 100%
das vagas do Estado no Senado.
Depois de várias derrotas nas
últimas eleições, o ex-governador João Durval Carneiro
(PDT), 77, foi eleito com folga
em relação a seus dois principais adversários -o tucano Antonio Imbassahy, 58, e o senador Rodolpho Tourinho (PFL),
64, que teve o apoio de ACM.
Com 99,97% das urnas apuradas, João Durval tinha
46,98% dos votos válidos, contra 34,45% de Tourinho e
17,97% de Imbassahy.
Pela manhã, ACM já admitia
a derrota de Tourinho, que concorria à reeleição. "Fizemos
uma grande campanha, mas
parece que não vai dar. A Bahia
vai perder um grande senador e
ganhar um péssimo senador",
afirmou o também senador.
Formado em odontologia,
João Durval Carneiro fez quase
toda sua carreira política como
aliado de ACM: foi prefeito de
Feira de Santana (a 108 km de
Salvador), a segunda maior cidade do Estado, deputado federal e governador.
Quando rompeu com ACM,
no começo da década de 90,
praticamente desapareceu do
cenário político -disputava as
eleições, mas quase sempre era
derrotado.
Sua única vitória nesse período aconteceu em 1994, quando
disputou novamente a Prefeitura de Feira de Santana. Dois
anos depois de empossado, deixou o cargo para disputar e perder o governo estadual.
"A minha vitória demonstra
que os eleitores baianos não me
esqueceram e são gratos por tudo o que fiz quando representei
o Estado na Câmara ou no governo", disse ontem Durval
Carneiro. Ele é pai do atual prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PDT), que, há
dois anos, derrotou o também
"afilhado" de ACM César Borges, no segundo turno.
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