São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2006

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DISTRITO FEDERAL

Com votação apertada, José Arruda é eleito

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado José Roberto Arruda (PFL) foi eleito ontem governador do Distrito Federal já no primeiro turno, com 50,38% dos votos válidos, confirmando o cenário que vinha sendo apontado nas pesquisas. Arruda concorreu com a chamada "chapa puro-sangue", tendo como vice o senador Paulo Octavio, também do PFL.
Em segundo lugar, ficou a atual governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB), com 23,97% dos votos válidos, seguida da petista Arlete Sampaio, com 20,93%.
Dos 1.425.300 eleitores que votaram, 1.316.800 foram considerados votos válidos. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), votos nulos atingiram 5,11% e os brancos, 2,5%.
Joaquim Roriz (PMDB), que deixou o governo do DF para concorrer a uma vaga ao Senado, também foi eleito.
O encerramento das votações no DF atrasou em cerca de uma hora, após as 17h, devido a problemas em urnas e demora dos eleitores em votar, principalmente em cidades-satélites.
O TSE informou que 120 urnas tiveram que ser trocadas por outras em razão de falhas técnicas, representando 2,76% do total. Em duas seções, houve votação manual, com a utilização de cédulas de papel.
Somente a PF registrou 25 prisões, a maioria por suspeita de compra de votos. Também houve casos de detenção por venda de bebida alcoólica, proibida durante a votação, e de um homem que tentou votar no lugar de seu filho.
A definição da vitória de Arruda só foi possível quando as últimas urnas foram apuradas. Até os 98% de votos apurados no DF, a disputa ainda estava indefinida, com possibilidade de segundo turno.
Durante a campanha, os ataques de adversários contra Arruda foram baseados, principalmente, no episódio da violação do painel eletrônico do Senado. À época, o então senador Arruda esteve envolvido no caso do acesso aos votos da cassação do mandato do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
Arruda acabou renunciando ao cargo para escapar de um processo de cassação. Há pelo menos quatro anos, no entanto, ele vem tentando reconstruir sua imagem de representante das cidades-satélites do DF, fazendo visitas constantes a eleitores e ouvindo sugestões.
Durante a campanha, ao ter o empresário e senador Paulo Octavio como vice, tentou conquistar votos das classes média e alta de Brasília.
(LUCIANA CONSTANTINO)

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