São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ESTADOS/MINAS GERAIS

Reeleito, Aécio pede conciliação política

Tucano, pré-candidato à Presidência em 2010, acredita que clima entre PT e PSDB será abrandado com o fim das eleições

Com votação expressiva, governador mineiro esteve acompanhado do candidato Geraldo Alckmin e pediu aprovação de reformas

PAULO PEIXOTO
THIAGO GUIMARÃES

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador Aécio Neves (PSDB), 46, foi reeleito ontem para um novo mandato à frente do governo de Minas e, antes mesmo do fechamento das urnas, falou na crença do abrandamento do clima político entre PSDB e PT, independentemente de quem seja o presidente vitorioso. Ajudar na governabilidade do país será uma das tarefas do mineiro, pré-candidato a presidente em 2010.
Aécio recebeu 77,03% dos votos válidos, contra 22,03% do petista Nilmário Miranda.
"Passadas as eleições, há uma tendência a abrandar o clima. Temos um país a construir, um país que precisa de reformas, de planejamento, eficiência, resultados. E nós não vamos viver permanentemente em um clima pré-eleitoral", disse Aécio, tendo a seu lado o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB).
O candidato tucano, que disputa o segundo turno, foi a Belo Horizonte para acompanhar o voto de Aécio e agradecê-lo pelo apoio que recebeu do "grande irmão", conforme disse.
O governador afirmou que o país precisa seguir o seu rumo com reformas ainda neste ano, mas disse que isso seria melhor com Alckmin presidente.
"Espero, sobretudo com a vitória de Geraldo Alckmin, que possamos imediatamente, ainda neste ano, avançar na construção de consensos em torno da reforma política, da reforma tributária e na conclusão da previdenciária, porque são reformas para o Brasil, não são para um governo", disse.
Aécio agradeceu a "confiança" dos mineiros. A votação expressiva que recebeu é vista no PSDB mineiro como um vistoso cartão de visitas para articulações e desejos nacionais.

Contraste
A descontração e a confiança entre os tucanos contrastou com o ambiente de tensão dos petistas e aliados mineiros do presidente Lula. O motivo eram as pesquisas indicando possibilidade de segundo turno na disputa presidencial -que se confirmaram mais tarde.
Inferiorizado nas pesquisas durante toda a disputa mineira, Nilmário disse que o objetivo principal de sua candidatura era ajudar a reeleição de Lula.
Prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT) disse que a deterioração do clima entre PSDB e PT é "ruim para o Brasil". Pimentel já anunciou a continuidade do bom relacionamento que mantém com Aécio -de olho também no governo de Minas, em 2010. "Vamos manter o nosso bom relacionamento e construir os caminhos para o futuro", afirmou.


Texto Anterior: Mato Grosso: Blairo Maggi é reeleito com 65,39% dos votos
Próximo Texto: Roraima: Ottomar, do PSDB, garante seu 2º mandato
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.