COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi a vontade de "marcar território" e influenciar o visual das redondezas que levou José Augusto Amaro Capela, ou simplesmente Zezão, a escolher os muros da Vila Guilherme, onde vivia, e da avenida Luiz Dumont Villares, no Tucuruvi, para fazer seus primeiros grafites, em 1995. São suas as ilustrações desta edição.
Após machucar o joelho e parar de andar de skate, ele passou a investir na arte gráfica.
Hoje, aos 36 anos, com grafites em muros e galerias subterrâneas na Inglaterra em seu currículo, Zezão permanece na zona norte, que define como um lugar "bom para se viver, residencial e bem cuidado".
Vivendo na Serra da Cantareira, em uma casa "onde dá para ter mais qualidade de vida, com ar puro e ajeitar os 11 cachorros e mais de 20 gatos" que cria, ele lamenta não ver mais suas obras em locais como a avenida Luiz Dumont Villares, justamente onde tudo começou. "Hoje, eu passo e vejo os muros acinzentados. Acho que estava fazendo bem para o bairro, colorindo-o. Falta compreensão com a arte." (JP)


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