São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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ELEIÇÕES / RIO DE JANEIRO

Prefeito diz ver reeleição como seu 4º mandato consecutivo no Rio

Apesar da oposição de Crivella, Jandira e Conde, pefelista é líder


Maia crê em festa da vitória em 1º turno hoje

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), acredita com convicção que hoje, por volta das 21h, estará comemorando aquela que chama de sua quarta eleição consecutiva à prefeitura da cidade. Líder nas pesquisas de intenção de voto, acha que a eleição está ganha, embora não afirme isso em público.
Segundo o Ibope, Maia tem 45% das intenções, contra 15% de Crivella e 13% de Conde.
Questionado anteontem pela Folha sobre a possibilidade de vencer a eleição sem a necessidade da disputa de segundo turno, Maia foi comedido. "Tenho 50% de chances", limitou-se a afirmar.
Internamente, a avaliação do prefeito é bem mais otimista. Ele concluiu, com base em pesquisas quase diárias encomendadas pelo partido, que está eleito.
Após o debate da TV Globo na noite de quinta-feira, Maia recebeu uma pesquisa de avaliação do impacto do programa no eleitorado. Apesar de o debate ter sido marcado por um bate-boca entre ele e o ex-amigo Luiz Paulo Conde, peemedebista apoiado pela governadora Rosinha Matheus (PMDB) e por seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho, a pesquisa indicou que, para o eleitor, nada mudou.
Isso significa que Maia chega à eleição com uma vantagem considerável sobre os adversários. A última pesquisa do GPP -instituto que abastece o prefeito-candidato com informações sobre as tendências do eleitorado- mostra que ele tem 46% das intenções. Os adversários somam 38%.
Concorrem à Prefeitura do Rio, além de Maia e Conde, o senador Marcelo Crivella (PL), o deputado federal Jorge Bittar (PT), a deputada federal Jandira Feghali (PC do B), o ex-governador Nilo Batista (PDT), Otacílio Ramalho (PSTU), André Corrêa (PPS), Lenine Madeira (Prona) e Thelma Bastos (PCO).
Maia concorreu à prefeitura pela primeira vez em 1992. Foi eleito. Quatro anos depois, elegeu Conde, seu secretário de Obras, prefeito. Em 2000, derrotou Conde e voltou à prefeitura.
"É uma honra ser prefeito eleito quatro vezes seguidas, porque, com o Conde, fui eu o eleito, ele ficou quase três semanas doente em casa, quase morreu. Isso é um galardão", disse.
Conde rebate. Diz que se elegeu por méritos próprios, ao seu modo de fazer política, "que não é frio, é humano". O candidato dos Garotinho, embora com a presença discreta do casal durante a campanha, diz que vai ao segundo turno, pois terá. no mínimo, 17% dos votos.
A campanha teve um desenrolar tranqüilo. O bispo Crivella percorreu, principalmente, as favelas e os bairros pobres, levando sua mensagem político-religiosa. Ele é sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
A esquerda não empolgou em hora nenhuma. O petista Bittar fracassou, em uma campanha marcada pela falta de empatia com a militância e o eleitorado. Jandira bateu muito em Cesar Maia, priorizando a área que conhece, a saúde -é médica. Pelo resultado das pesquisas, não adiantou. Os nanicos também não incomodaram o prefeito.
Na hipótese de haver um segundo turno, Maia diz que guarda trunfos importantes. A respeito de negociações para apoios, o prefeito diz que vai conversar "com todo mundo". Esse não inclui Garotinho e Conde. Já Bittar e Jandira poderão ser contatados.


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