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memória
Triunfo veio após quatro fracassos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os brasileiros precisaram de quatro candidaturas para conquistar o direito de sediar os Jogos.
Mas foi com os erros e os
acertos da empreitada para 2012 e de seus rivais que
o Comitê Olímpico Brasileiro encontrou a receita
para seu projeto vitorioso.
A última candidatura
fez água em 2004, quando
o Rio foi eliminado ainda
na primeira fase. Um dos
fatores determinantes foi
a desconfiança em relação
à capacidade de a cidade
realizar o projeto no prazo
e na forma propostos.
Para tentar 2016, os brasileiros costuraram estreita ligação com os três níveis de governo e conseguiram as garantias financeiras de todos eles. Além
disso, tinham a realização
do Pan-07 para mostrar.
Para transformar os dados técnicos em peças de
persuasão, a Rio-2016
contratou dois ex-rivais:
Mike Lee, como chefe de
comunicação, e Michael
Payne, como consultor.
O primeiro foi peça-chave na vitória de Londres-
-2012. Já Payne, ex-diretor de marketing do COI,
também ajudou os londrinos. Só em verba federal,
foram gastos R$ 25 milhões em consultorias.
No total, a candidatura
consumiu cerca de US$ 78
milhões, mais do que o triplo do previsto se fosse à
final por 2012 -US$ 23
milhões. O valor do projeto anterior já era 114%
maior do que o da fracassada campanha por 2004.
Para tentar a sede de
2012, o Rio teve a concorrência de São Paulo. Os
outros projetos tiveram
candidatos únicos.
A primeira empreitada
brasileira nasceu fadada
ao fiasco. Em 1992, sob o
governo de Fernando Collor de Mello, o Brasil lançou Brasília-2000, mas a
cidade acabou desistindo.
Em 1995, o Rio lançou
campanha para 2004.
Naufragou na fase inicial.
Mais tarde, dirigentes
do COB disseram que
aquela campanha foi, em
essência, política.
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