São Paulo, sábado, 03 de outubro de 2009

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memória

Triunfo veio após quatro fracassos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os brasileiros precisaram de quatro candidaturas para conquistar o direito de sediar os Jogos.
Mas foi com os erros e os acertos da empreitada para 2012 e de seus rivais que o Comitê Olímpico Brasileiro encontrou a receita para seu projeto vitorioso.
A última candidatura fez água em 2004, quando o Rio foi eliminado ainda na primeira fase. Um dos fatores determinantes foi a desconfiança em relação à capacidade de a cidade realizar o projeto no prazo e na forma propostos.
Para tentar 2016, os brasileiros costuraram estreita ligação com os três níveis de governo e conseguiram as garantias financeiras de todos eles. Além disso, tinham a realização do Pan-07 para mostrar.
Para transformar os dados técnicos em peças de persuasão, a Rio-2016 contratou dois ex-rivais: Mike Lee, como chefe de comunicação, e Michael Payne, como consultor.
O primeiro foi peça-chave na vitória de Londres- -2012. Já Payne, ex-diretor de marketing do COI, também ajudou os londrinos. Só em verba federal, foram gastos R$ 25 milhões em consultorias.
No total, a candidatura consumiu cerca de US$ 78 milhões, mais do que o triplo do previsto se fosse à final por 2012 -US$ 23 milhões. O valor do projeto anterior já era 114% maior do que o da fracassada campanha por 2004.
Para tentar a sede de 2012, o Rio teve a concorrência de São Paulo. Os outros projetos tiveram candidatos únicos.
A primeira empreitada brasileira nasceu fadada ao fiasco. Em 1992, sob o governo de Fernando Collor de Mello, o Brasil lançou Brasília-2000, mas a cidade acabou desistindo.
Em 1995, o Rio lançou campanha para 2004. Naufragou na fase inicial.
Mais tarde, dirigentes do COB disseram que aquela campanha foi, em essência, política.


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