São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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Melhor colégio estadual é rígido com a falta de professores

DA REPORTAGEM LOCAL

Na Escola Estadual Rui Bloem, considerada pelo segundo ano consecutivo a melhor escola estadual da cidade de São Paulo (335º lugar), o foco não está só na freqüência e nos desempenhos dos alunos: os professores também são acompanhados de perto.
Semanalmente, todos passam por reuniões com os coordenadores pedagógicos. Nesses encontros, os profissionais trocam experiências, analisam o material proveniente da Secretaria da Educação e avaliam o plano de aulas.
Além disso, a direção diz ser rigorosa com quem falta: só tem direito ao abono (que permite faltar sem desconto salarial) quem avisar com antecedência que não poderá dar a aula, providenciar um professor substituto e deixar preparada uma atividade para os alunos.
"O principal problema das escolas públicas é a falta de professores. Aqui, nós não temos muito esse problema; mesmo assim, alguns casos ocorrem. É preciso ter mais rigor nesse aspecto", afirma José Carlos Marquezim, vice-diretor da instituição, localizada na Saúde, zona sul da capital.
Ele também ressalta que, dos 75 professores da escola, a maioria (55) é formada por funcionários efetivos. "Isso diminui a rotatividade. Geralmente, o professor contratado temporariamente passa um ano na escola e não aparece mais. O nosso grupo é muito coeso", diz.
A Rui Bloem tem 2.000 alunos, distribuídos em turmas com 43 pessoas cada uma, em média. Como atividades extras, os estudantes têm à disposição aulas de esportes como vôlei e cursos de idiomas -há um centro de idiomas anexo à escola, com aulas de espanhol, francês, alemão e japonês. A partir de agosto, o centro terá inglês.
O centro atende toda a rede estadual da região, mas a maioria dos alunos, segundo Marquezim, é da Rui Bloem.
Em agosto do ano passado, a escola também firmou uma parceria com a FEI (Fundação Educacional Inaciana), que inclui, entre outras ações, uma exposição e a elaboração de projetos relacionados a eletricidade, mecânica e química. "Tínhamos alunos que nem cogitavam fazer engenharia e três deles entraram na FEI sem cursinho", diz. (AMARÍLIS LAGE)


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