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SUCESSÃO PRESIDENCIAL
Senador afirma que PSDB voltou a ter importância
"Alckmin sai fortalecido para 2006", diz Tasso
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Na opinião do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), pelo menos
um nome já saiu bastante fortalecido desta eleição para a disputa
presidencial de 2006: o governador tucano Geraldo Alckmin, de
São Paulo.
Para o senador, só o fato de conseguir levar José Serra (PSDB) ao
segundo turno pela Prefeitura de
São Paulo, à frente da prefeita
Marta Suplicy (PT), já o torna um
nome forte no PSDB nacional.
"Não há dúvida de que a campanha em São Paulo é a mais bonita do país", disse. "Com isso, o
Alckmin sai extremamente fortalecido para 2006."
Tasso afirma que o bom desempenho do PSDB na maioria das
grandes cidades credencia o partido a ser um forte candidato à sucessão presidencial.
"Não há como negar que o partido havia sumido um pouco nas
grandes cidades e que, nesta eleição, voltou a ter importância. Talvez seja o único partido que esteja
disputando na maioria das grandes cidades, então acho que o resultado dessa eleição já é muito
bom para nós", afirmou.
No Ceará, o senador ainda fazia
ontem um balanço sobre perdas e
ganhos de seu partido. Pelos cálculos da assessoria do PSDB, tucanos e aliados conquistaram 101
das 184 municípios no Estado.
O número é menor do que o
conquistado na eleição passada,
quando havia, contando os aliados, cerca de 130 municípios governados pelo PSDB. Ainda assim, é considerado por ele "melhor do que o esperado", já que
houve conquistas em alguns locais até inesperados, como Juazeiro do Norte e Crato, na região do
Cariri, reduto eleitoral do ministro Eunício Oliveira (PMDB) e do
ex-governador Adauto Bezerra
(PFL), onde Tasso não vinha tendo bons resultados.
Sobre a derrota em Fortaleza,
onde seu candidato, Antônio
Cambraia (PSDB), acabou em
quarto lugar depois de passar boa
parte da campanha entre os líderes, Tasso afirmou que Cambraia
foi muito atacado e que o desgaste
era inevitável.
Ele disse que prefere que o partido não apóie oficialmente nenhum dos dois nomes que passaram ao segundo turno -Moroni
Torgan (PFL), a quem chamou de
"extrema direita", ou Luizianne
Lins (PT), definida por ele como
"extrema esquerda".
"Não pretendo nem nunca fui
dono do Ceará", afirmou o senador. "A derrota faz parte da vida
democrática. Eu não gosto das alternativas [em Fortaleza], mas eu
acho que é bom, faz parte."
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