São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2004

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SUCESSÃO PRESIDENCIAL

Senador afirma que PSDB voltou a ter importância

"Alckmin sai fortalecido para 2006", diz Tasso

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Na opinião do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), pelo menos um nome já saiu bastante fortalecido desta eleição para a disputa presidencial de 2006: o governador tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo.
Para o senador, só o fato de conseguir levar José Serra (PSDB) ao segundo turno pela Prefeitura de São Paulo, à frente da prefeita Marta Suplicy (PT), já o torna um nome forte no PSDB nacional.
"Não há dúvida de que a campanha em São Paulo é a mais bonita do país", disse. "Com isso, o Alckmin sai extremamente fortalecido para 2006."
Tasso afirma que o bom desempenho do PSDB na maioria das grandes cidades credencia o partido a ser um forte candidato à sucessão presidencial.
"Não há como negar que o partido havia sumido um pouco nas grandes cidades e que, nesta eleição, voltou a ter importância. Talvez seja o único partido que esteja disputando na maioria das grandes cidades, então acho que o resultado dessa eleição já é muito bom para nós", afirmou.
No Ceará, o senador ainda fazia ontem um balanço sobre perdas e ganhos de seu partido. Pelos cálculos da assessoria do PSDB, tucanos e aliados conquistaram 101 das 184 municípios no Estado.
O número é menor do que o conquistado na eleição passada, quando havia, contando os aliados, cerca de 130 municípios governados pelo PSDB. Ainda assim, é considerado por ele "melhor do que o esperado", já que houve conquistas em alguns locais até inesperados, como Juazeiro do Norte e Crato, na região do Cariri, reduto eleitoral do ministro Eunício Oliveira (PMDB) e do ex-governador Adauto Bezerra (PFL), onde Tasso não vinha tendo bons resultados.
Sobre a derrota em Fortaleza, onde seu candidato, Antônio Cambraia (PSDB), acabou em quarto lugar depois de passar boa parte da campanha entre os líderes, Tasso afirmou que Cambraia foi muito atacado e que o desgaste era inevitável.
Ele disse que prefere que o partido não apóie oficialmente nenhum dos dois nomes que passaram ao segundo turno -Moroni Torgan (PFL), a quem chamou de "extrema direita", ou Luizianne Lins (PT), definida por ele como "extrema esquerda".
"Não pretendo nem nunca fui dono do Ceará", afirmou o senador. "A derrota faz parte da vida democrática. Eu não gosto das alternativas [em Fortaleza], mas eu acho que é bom, faz parte."


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