DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do PT, José Genoino, comemorou ontem o crescimento de 114% do número de prefeituras (de 187 eleitos em 2000 para 400) como um sintoma de consolidação do partido e de aprovação do governo Lula.
Ele deixou clara a disposição de investir num exército petista no país ao anunciar a realização de seminários para formar novos líderes. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi "o grande eleitor" desta disputa, em que cresceu de 11,9 milhões para 16,3 milhões o número de adeptos do PT.
Genoino admitiu que a eleição mudará a correlação de forças no PT: "Vamos contar agora, na agenda nacional, além dos ministros, dos governadores, das lideranças parlamentares, com os prefeitos das capitais".
Ele anunciou que, depois das eleições, o partido reunirá não só os prefeitos, mas os 5.000 vereadores para "formar bem essas novas lideranças que estão emergindo no PT". Genoino deleitou-se ao lembrar que, dos seis prefeitos petistas eleitos no primeiro turno, quatro foram em capitais de Estados governados pela oposição. Ao falar da vitória de Fernando Pimentel em Belo Horizonte, ironizou: "Em Belo Horizonte, o governador não é do PT. Vocês sabem de que partido é", disse, numa referência ao governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Citou Sergipe, Tocantins e Pernambuco como Estados em que o PT venceu, apesar da oposição dos governadores. E chamou de "esdrúxula e caricata" a afirmação de Fernando Henrique Cardoso de que a hegemonia do PT compromete a democracia. Segundo ele, a frase não é "intelectualmente" correta.


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