São Paulo, domingo, 06 de abril de 2008

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Vôlei, vela e judô reluzem em projeção de ministério

DA REPORTAGEM LOCAL

Se por um lado o governo federal enfiou fundo a mão no bolso ao transformar o esporte em questão de Estado, por outro tem expectativa de ouros nos Jogos de Pequim: cinco.
O mesmo número da campanha da Olimpíada de Atenas.
As principais apostas do Ministério do Esporte para ocupar o lugar mais alto do pódio são o vôlei, esporte do qual espera dois ouros, a vela e o judô.
Para completar o quinteto, a Secretaria de Alto Rendimento projeta ouro para ao menos um desses esportes: hipismo, ginástica, futebol, natação, atletismo e taekwondo.
A iniciativa, que integra o plano nacional do Esporte, é pioneira em qualquer jurisdição oficial, pois tradicionalmente o COB, que recebe e distribui a verba da Lei Piva, se esquiva de fazer previsões. Tal prática tornava subjetivo o conceito de sucesso ou fracasso de participação em Olimpíada.
Diferentemente do que ocorre nos bolões, que proliferam em todo canto durante época de Olimpíada, para chegar à sua projeção, o ministério considerou o histórico recente das modalidades e o momento atual, que inclui as melhores condições de preparação graças à regularidade da Lei Piva e à recém-liberada verba da Petrobras via lei de incentivo fiscal.
""Vemos mais potencial em vôlei, vela e judô porque são as modalidades que mais freqüentam o pódio, com as quais o Brasil vem conquistando mais títulos internacionais", argumenta Djan Madruga, secretário nacional de alto rendimento, que tomou o cuidado de evitar nominar atletas.
Em um caso, porém, Madruga inadvertidamente ""abriu" quem era o atleta, ao ser questionado sobre a inclusão do taekwondo no grupo, já que o esporte não conta com uma forte tradição no país.
""No caso do taekwondo, é claro que tivemos de considerar o caso da Natália [Falavigna, que foi campeã mundial]. O fator ídolo pesa. Se o Guga, por exemplo, ainda estivesse no auge, o teríamos incluído na projeção outro ouro para Pequim", explicou o secretário.
""Claro que não é uma ciência exata nossa projeção. Nada impede que saiam dois ouros de onde a gente esperava um, ou qualquer outro cenário. Mas já é um parâmetro." (EO)


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