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Tática
Aplicação vira ordem nš 1
Com o "futebol total", o esporte ganha
em dinamismo e os jogadores são mais exigidos, cumprindo diversas funções e se aprimorando em treinos específicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns jogadores não
gostam. Os brasileiros
têm fama de ligarem
pouco. Mas, no futebol de hoje, o que mais se treina
é a tática a ser usada a cada jogo.
O ponto de partida deste tipo
de trabalho na era moderna foi
a seleção da Holanda que foi vice-campeã mundial em 1974.
Apregoando o "futebol total",
em que os jogadores não guardavam posição e alucinavam a
defesa adversária com intensa
troca de passes, o time marcou
época como ícone de futebol
moderno: exigiu novo conceito
de treinamentos e táticas.
Antes negligenciada, a disciplina em campo tornou-se fundamental. Hoje, desde os alas
até os atacantes têm funções
específicas. O mínimo deslize
pode resultar em um gol sofrido. Ou em uma derrota doída.
Os tipos mais comuns de
treinamentos táticos consistem em limitar o campo para
exigir agilidade na troca de passes e mais rapidez na marcação.
Simulam trabalhos com e sem a
bola, treinando a percepção de
espaço e disciplina estratégica
dos atletas de todas as funções.
Sem treino, não há padrão de
jogo consistente. "Às vezes, a
equipe acaba de se encontrar e
já vai para a partida. É difícil ter
bons resultados", fala Carlos
Alberto Parreira, que desta forma justifica alguns tropeços.
Especificidade é a palavra
principal neste tipo de trabalho. Tudo é calculado e previsto
de maneira precisa para que a
marcação e a ofensividade funcionem -sempre de acordo
com o rival, "simulado" ao longo dos treinos e das palestras.
Alguns treinamentos adquirem tanta importância que são
fechados ao público e à imprensa. É o caso do aprimoramento
de bolas paradas, em cobranças
de faltas, laterais e escanteios.
Geralmente ensaiadas, as jogadas surpreendem e decidem
partidas. Exemplo? O corta-luz
de Rivaldo para Ronaldo no segundo gol da final de 2002, como revelou o meia recentemente.
(TALES TORRAGA)
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