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Colégio tradicional ou alternativo não muda tendência de alunos
Ex-estudantes fazem balanço de seus colégios
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nada melhor do que o tempo
para dizer qual foi o impacto
verdadeiro da escola na vida
de um aluno. É na faculdade ou
no mercado profissional que se
sentem mais as deficiências e eficiências daquilo que se aprendeu.
Ser estimulado desde cedo a ter
uma vida cultural não faz de ninguém um artista. Que o diga Marcelo Junqueira, que, apesar de ter
tido acesso a aulas de música, teatro e dança na Escola Nossa Senhora das Graças, formou-se em
engenharia e atua como administrador de empresas.
Da mesma maneira, direcionar
um aluno para seguir uma carreira tradicional não garante que ele
vá por esse caminho. Fábio Crespin estudou no tradicional colégio I.L. Peretz, formou-se em administração de empresas, mas decidiu ser instrutor de mergulho.
Ter bons professores pode facilitar a entrada no vestibular, como
aconteceu com Deborah Valc,
que estuda direito na USP.
Mas estudar em colégios precários tão significa ter menos oportunidades. Prova disso é o promotor Júlio César Botelho, aluno
de escola pública que, nem por isso, deixou de estudar na USP e alcançar um bom nível profissional.
Afinal, não é só a escola que faz
o aluno. O esforço pessoal também conta, como aprendeu a auxiliar financeira Beatriz Mariutti
depois de repetir um ano.
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