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Escola fraca pode exigir que aluno mude para passar no vestibular
Mudar no 3º ano é arriscado
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Muitos pais concluem no fim
do ensino médio que a escola dos filhos está fraca e eles
podem ter dificuldades para passar no vestibular. A dúvida é se
vale a pena trocar de escola na reta
final. Professores e alunos sugerem que é necessário ter cautela
ao decidir pela mudança.
A psicopedagoga Lígia Fleury
Leitão, que é coordenadora pedagógica escolar, afirma que o bem-estar do adolescente na turma é
um fator relevante. "Se ele está
bem com os colegas, o melhor é
não mexer", diz. Mesmo que o
aluno esteja numa escola fraca, é
preciso levar em conta que a mudança para um colégio com carga
horária mais pesada pode sobrecarregá-lo. Sem contar a adaptação com professores e métodos.
Reforço em cursinhos é a saída
adotada por alguns estudantes.
Aluna do terceiro ano, Carolina
Stiebler, 17, passou por três escolas diferentes no ensino médio. A
primeira mudança ocorreu no
primeiro ano, quando ela estava
prestes a ser reprovada. "Briguei
com alguns colegas, comecei a ir
mal e mudei para um colégio mais
fraco", conta Carolina.
Acostumada com um ensino
forte, ela estranhou a nova escola
e ficou só até concluir o segundo
ano. Atualmente matriculada em
um terceiro colégio, Carolina está
recorrendo ao cursinho para recuperar o atraso. "Cada colégio
tem uma programação diferente
e, assim como não tive alguns
conteúdos, estudei outros duas
vezes. Do ponto de vista do ensino, teria sido melhor não mudar
de escola", diz a estudante.
"Quando o aluno tem problemas de relacionamento com os
colegas, a troca pode injetar ânimo, e isso é fundamental nessa fase", afirma o presidente do
Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de
São Paulo), José Augusto de Mattos Lourenço, que também é diretor de escola em São Paulo.
Beatriz Lizarelli, 17, teve uma
experiência boa. Ela mudou de escola no começo do terceiro ano.
"Eu tinha duas dependências do
ano passado e não estava conseguindo acompanhar, não tinha
tempo nem de namorar", diz. A
troca já trouxe resultados positivos. Beatriz foi aprovada no curso
de Nutrição das faculdades
Anhembi-Morumbi e Unip.
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